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Doria determina que Butantan substitua lotes de CoronaVac interditados

Detalhe de frasco com a vacina CoronaVac contra a covid-19 em posto de vacinação na cidade de Santa Gertrudes, no interior de São Paulo - Matheus Sciamana/Photopress/Estadão Conteúdo
Detalhe de frasco com a vacina CoronaVac contra a covid-19 em posto de vacinação na cidade de Santa Gertrudes, no interior de São Paulo Imagem: Matheus Sciamana/Photopress/Estadão Conteúdo

Matheus de Souza

São Paulo

14/09/2021 15h32

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), determinou nesta terça-feira (14) que o Instituto Butantan substitua os lotes de vacinas interditados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O primeiro lote a ser reposto, de 6,9 milhões de doses, será entregue amanhã (15) ao Ministério da Saúde. Um novo lote com 5 milhões chegará ao estado na próxima semana. De acordo com o governo, as vacinas foram produzidas pelo próprio Butantan com IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) proveniente de fábrica na China.

A troca acontece após, no início deste mês, a Anvisa determinar a interdição cautelar de 25 lotes da CoronaVac produzidos em uma fábrica chinesa não inspecionada pelo órgão federal. A distribuição e a aplicação de cerca de 12,1 milhões de doses destes lotes ficaram proibidas por até 90 dias.

"Não podemos ter doses bloqueadas em meio a uma pandemia. A população precisa de vacinas. Por isso, determinei ao Butantan o remanejamento de vacinas para suprir as que estão interditadas. Nós precisamos de celeridade. Por isso, as novas doses virão de fábricas vistoriadas pela Anvisa para pronta aplicação", informou o governador em comunicado.

Segundo o governo, o Butantan ainda mantém uma força-tarefa junto a com a Anvisa para viabilizar a liberação dos lotes interditados. A administração paulista afirma que até a liberação dessas vacinas, o remanejamento das novas doses vai substituir cerca de 8 milhões de imunizantes com uso temporariamente suspenso.

O anúncio acontece como um revés ao governo paulista já que, na semana passada, Doria afirmava que esperava resolver este problema e ter as vacinas liberadas para uso "no mais tardar", na segunda-feira (13).