Polícia e MP-RJ prendem vereador Carlinhos da Barreira e 2 PMs por extorsão
As medidas foram cumpridas no âmbito da Operação Barreira Petrópolis, que ainda executou 17 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos denunciados. As ordens foram expedidas pela 1ª Vara Criminal Especializada da Capital, que ainda determinou o sequestro de bens imóveis e valores de Carlinhos da Barreira.
De acordo com a Promotoria, as investigações apontam que o vereador emprestava dinheiro a pessoas e exigia o pagamento de juros mensais. Uma das vítimas foi um empresário do ramo de automóveis, para quem o vereador emprestou, em janeiro de 2019, R$ 1 milhão, por meio da compra de veículos indicados pelo homem. O MP-RJ indica que Carlinhos da Barreira teria exigido pagamento de 3,5% mensais do valor emprestado a título de juros.
A denúncia apresentada à Justiça fluminense indica que um ano, quando o empresário não conseguiu pagar o 'empréstimo', Carlinhos da Barreira acionou os policiais militares Ricardo Silva dos Santos e Carlos Alexandre da Silva Alves - também denunciados - para ameaçá-lo de morte. Ainda segundo o Ministério Público fluminense, Ricardo também cometeu o crime de usura pecuniária, uma vez que recebia, em sua conta bancária, os juros ilegais do empréstimo.
A Promotoria ainda acusa o vereador pela prática de fraude à licitação. Segundo a denúncia, a empresa da qual parlamentar é sócio, Sodré Serviços de Transportes Locação de Máquinas e Equipamentos, recebeu R$8.546.367,56, em 109 diferentes operações bancárias, de uma outra companhia que era contratada, entre 2013 e 2016, pela Prefeitura de Duque de Caxias.
"Outras três empresas, TGM Locação de Máquinas e Equipamentos, V.F. da Rosa Refeições e Hashimoto Manutenção Elétrica e Comércio, também celebraram contratos administrativos com a Prefeitura de Duque de Caxias, entre 2017 e 2018, e repassaram um total de R$4.193.624,62 para as contas da Sodré Serviços de Transportes Locação de Máquinas e Equipamentos", explicou ainda o MP-RJ.
As investigações também apontaram que, entre janeiro de 2015 e agosto de 2020, Carlinhos da Barreira 'dissimulou, de forma reiterada', a origem de R$62.360.738,52, 'provenientes das práticas criminosas', segundo os promotores.
COM A PALAVRA, O VEREADOR E OS PMS
A reportagem buscou contato com os denunciados e, até a publicação desta matéria, ainda aguardava resposta. O espaço permanece aberto a manifestações.
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