Por voto evangélico, Bolsonaro peregrina por Marchas para Jesus
Bolsonaro lidera as intenções de votos entre os evangélicos. De acordo com o mais recente levantamento da Genial/Quaest, da semana passada, 47% deles declararam voto no atual presidente, ante 30% que preferem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Desde fevereiro, o chefe do Executivo ganha espaço nesse segmento. Só neste mês, ele cresceu nove pontos porcentuais, enquanto Lula perdeu quatro.
Ao longo deste ano, Bolsonaro e a primeira-dama, Michelle, receberam pastores, bispos e influenciadores digitais evangélicos no Palácio da Alvorada.
PRIVILÉGIO
Jhow Braghini, coordenador executivo do evento de hoje em Curitiba, disse que é difícil determinar a expectativa de público para a marcha após dois anos de pandemia, mas lembrou que o evento já recebeu mais de 100 mil pessoas. Sobre o convite ao presidente, ele afirmou que é um "privilégio" tê-lo na marcha. "Há 27 anos, convidamos o prefeito, o governador e o presidente da República. Neste ano, (Bolsonaro) foi o primeiro presidente a aceitar o convite. É um privilégio. Seguimos esse procedimento com um único objetivo: marchar para Jesus".
O evento de hoje servirá ainda como palanque para aliados do presidente. O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR), que tem base em Maringá (PR) e tenta a reeleição, deve comparecer. Além dele, os deputados Filipe Barros (PL-PR), pré-candidato ao governo do Estado, e Paulo Martins (PL-PR), pré-candidato a uma vaga no Senado, também devem participar.
SHOWMÍCIO
Para a antropóloga Raquel SantAna, pesquisadora do Laced (Laboratório de Estudos em Cultura, Etnicidade e Desenvolvimento) do Museu Nacional, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), grandes eventos evangélicos têm semelhança com os showmícios, hoje proibidos pela legislação eleitoral. "A marcha (para Jesus) é uma super brecha. Ela é um show de música, mas também não é", disse.
Para a pesquisadora, Bolsonaro transita há tempos pelos evangélicos "organicamente". "O trabalho de Bolsonaro com os evangélicos não é só de fazer sinalizações conservadoras na campanha. Ele tem alianças muito capilarizadas com igrejas que fazem mais trabalho de base que muito sindicato", disse a pesquisadora.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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