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Paulinho da Força defende 'conversa' com mercado para Lula vencer no 1º turno

O ex-presidente Lula (PT), Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, e o ex-governador Geraldo Alckmin - Aloisio Mauricio/FotoArena/Estadão Conteúdo
O ex-presidente Lula (PT), Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, e o ex-governador Geraldo Alckmin Imagem: Aloisio Mauricio/FotoArena/Estadão Conteúdo

Giordanna Neves

São Paulo

23/05/2022 13h24Atualizada em 23/05/2022 13h44

O presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, disse nesta segunda-feira, 23, acreditar na possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencer a eleição presidencial no primeiro turno. Para isto, o líder reforçou a necessidade de ampliar a aliança para além da esquerda e procurar personalidades que conversem com o empresariado e o setor financeiro.

"Esse é o nosso principal papel: ampliar aliança e fazer com que o presidente Lula possa ser candidato não só de um partido, mas de uma frente bem ampla para que a gente possa ganhar as eleições em primeiro turno", disse Paulinho durante a primeira reunião da coordenação geral da campanha do ex-presidente. "Como eu acredito que a eleição vai se estreitar cada dia mais, eu não acredito em segundo turno. Acredito que a eleição vai ser resolvida no primeiro turno", reforçou aos jornalistas.

Paulinho defendeu a proposta de ampliar aliança com partidos que lançaram pré-candidaturas que ainda não ganharam força, como a chamada terceira via.

"Agora que a gente vai falar com cada um dos partidos e os partidos vão analisar os seus candidatos. Tem muitos candidatos na terceira via, a terceira via que vem definhando, acho que é possível a gente ampliar as alianças baseado nesses partidos que os candidatos ainda não pegaram no tranco e não vão pegar", afirmou.

O líder destacou ainda o papel do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) na missão de agregar apoio à disputa ao Planalto. "Ele tem espaço hoje no Brasil inteiro e pode trabalhar para fazer essa ampliação e, lógico, fazer aquele papel que o Lula não consiga fazer", explicou.

Pesquisas internas

A primeira reunião da coordenação geral da campanha de Lula apresentará panorama de pesquisas internas e promoverá um debate político sobre conjuntura nacional.

No encontro estão presentes, além de Lula, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) e presidentes e dois representantes dos sete partidos que compõem a coligação: PT, PSB, Solidariedade, PSOL, PCdoB, PV e Rede.

A ideia do encontro é justamente alinhar as conversas para que as siglas possam dividir trabalhos em prol da eleição de Lula. De acordo com o prefeito de Recife, João Campos (PSB), que participa da reunião, serão apresentados os coordenadores da campanha, os eixos desenhados e como cada partido fará sua contribuição.

Para o pré-candidato à Câmara Guilherme Boulos (PSOL) "vai ser uma reunião de escuta" do que está sendo construído na pré-campanha", além de um espaço para as legendas trazerem suas sugestões.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede), coordenador da campanha, afirmou que o encontro revela a força do apoio em torno de Lula e destacou que agora é momento de "fazer apelo às forças democráticas". "Não vai ser uma eleição simples, mas ganhá-la no primeiro turno é uma necessidade para a democracia brasileira", disse aos jornalistas.