Sem recuo de Bolsonaro, policiais federais prolongam pressão contra o governo
No mês passado, associações de classe já haviam organizado protestos simultâneos em todo o País. Sem um recuo do governo, os policiais reavaliaram a tática e decidiram investir em atos regionais para manter o fôlego das investidas por mais tempo.
As mobilizações estão sendo organizadas em superintendências, delegacias, portos, aeroportos e postos da PF. Outra reação é a redução na análise dos pedidos de porte de armas, uma das promessas de campanha do presidente.
O primeiro protesto foi organizado mais cedo na porta da superintendência da Polícia Federal no Ceará. O ato teve faixas cobrando que Bolsonaro "honre a palavra" e "cumpra a promessa de valorização" dos servidores da corporação.
"Te salvamos da facada e agora vai nos esfaquear pelas costas?", dizia uma das faixas do protesto.
Houve ainda paralisações e mobilizações em frente a aeroportos no Amapá e no Rio de Janeiro.
O delegado federal Luciano Leiro, presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), disse que "causa estranheza" que a corporação, "responsável por investigações que dizem respeito ao governo, esteja sendo constantemente desvalorizada"
"Como se fosse uma retaliação contra à PF", afirma. "É preocupante observar o tratamento que o presidente da República tem dado à Polícia Federal e aos policiais federais."
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