Para Guedes, democracia brasileira 'é barulhenta, mas funciona'
"São Poderes independentes e eles tentam demarcar territórios. Então às vezes, o Supremo vai e entra no IPI ou ICMS, invadindo um pouco o território do outro. Aí o Legislativo empurra de volta", afirmou.
Guedes citou outro exemplo dessa "demarcação", de o Supremo tentar impedir Jair Bolsonaro de tentar nomear o delegado chefe da Polícia Federal. "Aí o Executivo disse 'esse território é meu, você está invadindo meu território, todos os presidentes nomearam'."
"Temos que respeitar todos os Poderes, inclusive a Presidência da República, ela é uma instituição democrática", afirmou. O ministro avalia que falta respeito em todos os lugares.
Havia uma descrença, sobretudo no exterior, sobre a funcionalidade da democracia brasileira, ressaltou. "Muita gente vendeu que a democracia estava em risco porque Bolsonaro ganhou. Só pode eleger um cara de esquerda?", questionou Guedes, argumentando que Bolsonaro tem direito a ter suas opiniões.
Essa descrença com a democracia e o funcionamento da economia, disse o ministro, acabou, sobretudo quando o Brasil avançou em reformas difíceis, como a da Previdência. "A democracia brasileira é barulhenta, mas é uma democracia e funciona."
No exterior, a "descrença e hostilidade" foram substituídas pela palavra respeito, ressaltou Guedes, destacando que é justamente o respeito que falta dentro do Brasil. "Todo mundo está faltando respeito, faltando tolerância."
PT
Na entrevista, Guedes alfinetou o PT, que segundo ele quebrou o Brasil sem nenhuma guerra ou uma pandemia, como enfrentou o governo de Jair Bolsonaro. "O PT já tinha hipotecado o futuro das gerações sem ter havido uma guerra."
O lado positivo da social-democracia, disse o ministro, foi a inclusão de milhões na classe média, mas isso ao custo de corrupção, juro alto e roubalheira.
Se os sociais-democratas vencerem em outubro, é estagnação econômica e corrupção, prevê Guedes. "A social-democracia tem coração macio, mais cabeça dura."
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.