56% dizem ser preciso levar a sério ameaças golpistas de Bolsonaro, diz pesquisa
Entre os eleitores de Bolsonaro, 57% acreditam que as ameaças devem ser consideradas pelas instituições no País. Uma parcela de 34% respondeu que as declarações não terão consequências e outros 9% não souberam opinar. Entre os eleitores do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, também 57% afirmam que as ameaças devem ser levadas a sério, enquanto 37% dizem que as ameaças não terão consequências e 5% disseram não saber opinar.
No grupo de entrevistados de 16 a 24 anos, 14% da amostra da pesquisa, 67% avaliam que as ameaças precisam ser consideradas. Já entre os entrevistados com mais de 60 anos, uma maioria de 46% vê a necessidade de serem consideradas as ameaças golpistas do presidente.
O Datafolha também questionou os eleitores se os ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral atrapalham as eleições. Do total, 60% disseram que atrapalham, sendo que 39% afirmam que atrapalham muito e 21% dizem atrapalhar um pouco. Uma parcela de 37% acredita que as declarações não atrapalham as eleições e 3% não souberam opinar.
Entre os eleitores de Bolsonaro, um porcentual de 69% dos entrevistados afirmam que as ameaças não atrapalham o pleito, enquanto 73% dos eleitores de Lula acreditam que as declarações golpistas do presidente afetam as eleições.
Questionados sobre a atuação das Forças Armadas na contagem dos votos, 58% dos entrevistados defenderam a participação dos militares, sendo que 45% dizem concordar totalmente e 13% em parte. Outros 40% discordam da atuação das Forças Armadas nas eleições, sendo que 33% discorda totalmente e 7% discorda em parte. Uma parcela de 1% não concorda e nem discorda e outros 2% não souberam opinar.
Entre os eleitores de Bolsonaro, 81% concordam com a participação dos militares na contagem dos votos. Na parcela de eleitores de Lula se sobressai o porcentual dos que não concordam com a atuação das Forças Armadas no pleito eleitoral, representando 49% do total.
A pesquisa Datafolha ouviu 2.556 eleitores em 181 cidades de todo o País, entre os dias 25 e 26 de maio. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos. O levantamento está registrado no TSE sob o número BR-05166/2022.
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