Zoológico de São Paulo abre para visitação noturna nas férias de julho
Haverá um limite de 1.300 pessoas por dia e o espaço ganhou iluminação especial, projetada pensando no bem-estar dos animais, e também para que os visitantes possam ter uma boa visão daqueles que muitas vezes estão dormindo ou "escondidos" durante o dia. Espalhados pelos espaços, monitores falarão sobre as características dos animais numa verdadeira aula noturna a céu aberto.
"No fundo, vamos manter as portas do parque abertas até um pouquinho mais tarde. Fizemos um estudo luminotécnico para dar segurança aos visitantes e pensando no bem-estar dos animais, a fim de proporcionar esta experiência de cunho educativo", explica a bióloga Angelita Capobianco, gerente responsável pelo manejo comportamental e bem-estar dos animais.
O passeio inusitado permite ao visitante apreciar animais que muitas vezes não estão ativos durante o dia. Com a iluminação especial, consegue-se ver as espécies em seus recintos recebendo alimentação ou se movimentando. "Só para se ter uma ideia, o leão costuma ficar entre 16 e 18 horas por dia em repouso. Então o visitante poderá ver os grandes felinos no auge de sua atividade diária", afirma Claudio Maas, diretor-técnico do Zoológico.
O programa não é inédito - anos atrás o zoo tinha uma visitação noturna -, mas agora foi aperfeiçoado. "Era uma outra experiência de ter contato com a fauna em um período não usual, em um outro formato. Fizemos um circuito mais amplo e ele engloba toda a área do zoológico com animais que têm atividade no período crepuscular. E incluindo ações educativas", diz Mass.
Depois do pôr do sol
Atrações durante o dia, os primatas e muitas aves não integram o circuito. Mas outras espécies garantem o show quando o sol se põe: 27 mamíferos, 6 aves, 30 répteis e 10 anfíbios. "Neste primeiro momento, a experiência será só nas férias de julho, com 1.300 pessoas por noite. Serão 12 datas no mês", explica a bióloga Camila Martins, gerente de educação para a conservação.
"O trajeto tem 2.500 metros, com 16 pontos de mediação com educadores, e as pessoas serão guiadas por uma faixa luminescente no chão. Em cada local, os monitores vão explicar os hábitos dos animais, como é a alimentação deles e falar um pouco do que foi feito para garantir o bem-estar da nossa fauna. É uma experiência mediada, não guiada", diz ainda.
O passeio, permitido para maiores de 5 anos, custa R$ 149,90, com ingressos à venda pelo site do Zoológico. Não é permitido o uso de lanternas, luzes, flashes ou apitos. Além do percurso para ver os animais, algumas facilidades para os visitantes também vão funcionar: serviço de alimentação, lojinha e enfermaria. Também haverá uma operação especial no estacionamento. "É um projeto de educação infantil, como se fosse uma aula fora da sala de aula", diz Heraldo Evans, sócio-gestor do Parque Zoológico.
A gestão da Reserva Paulista, concessionária que ganhou a licitação do Zoológico de São Paulo, Zoo Safari e Jardim Botânico, começou há sete meses e desde então o número de visitantes aumentou em mais de 40%. "Estamos há sete meses e fizemos o que podíamos para melhorar a operação. Mas já temos o Masterplan pronto para a integração dos parques", afirma Heraldo Evans.
O Zoológico de São Paulo fica na Avenida Miguel Estefno, 4.241, na Água Funda. Mais informações no site: https://zoologico.com.br/
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