D. Cláudio deixou legado 'muito grande' à Igreja e sociedade, diz arcebispo de SP
Nome forte na Igreja Católica, d. Cláudio Hummes, que era bastante próximo do papa Francisco, morreu aos 87 anos na manhã desta segunda. O corpo do arcebispo emérito de São Paulo será velado na Catedral Metropolitana da Sé, das 19 horas desta segunda-feira até as 10 horas de quarta-feira, 6.
"Sempre admirei d. Cláudio por sua visão das coisas, visão larga, e a firmeza com que fazia suas propostas", falou Scherer. Ele foi ordenado bispo por Hummes e acompanhou-o de perto nos últimos dias. D. Cláudio enfrentava um câncer de pulmão e, entre março e fevereiro, afastou-se de seus encargos para cuidar da saúde.
Scherer contou que, por conta da condição em que se encontrava, Hummes já não conseguia acompanhar e verbalizar sobre questões caras por ele, como os direitos ambientais e dos indígenas. "Mas ele se manifestava preocupado, sim, com certos rumos que colocavam entraves ao reconhecimento de direitos constitucionais dos povos indígenas, para o desenvolvimento das realidades dos povos da Amazônia, para proteção do meio ambiente e para a pobreza."
Em seu discurso de renúncia à presidência da Conferência Eclesial da Amazônia (Ceama), no final de março, d. Cláudio disse que a pandemia da covid-19 mostrou o melhor e o pior do homem. "Da negação anti-vacina às mais fortes expressões de solidariedade possíveis." E destacou que a crise afetou desproporcionalmente a Amazônia. "O impacto tem sido muito maior, revelando as outras pandemias de exclusão, desigualdade e racismo presentes neste território."
Depois de voltar de Roma, em 2011, onde atuou ao lado do Papa Bento XVI como prefeito da Congregação para o Clero, d. Cláudio dedicou-se a reforçar a presença da Igreja na região amazônica. Conforme Scherer, o cardeal revelou que, desde a juventude, sonhava em ser missionário na Amazônia.
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