Bolsonaro expõe preocupação com eleição em reunião ministerial
05/07/2022 20h53
O ministro da Advocacia-Geral da União, Bruno Bianco, ficou responsável por apresentar aos pares as especificidades da lei eleitoral. Uma espécie de "o que pode e o que não pode" para blindar o governo de problemas com a Justiça, segundo uma fonte. Desde o último sábado, 2, Bolsonaro está proibido pela lei eleitoral de inaugurar obras. Os ministros, por sua vez, estão autorizados fazê-lo, mas sem protagonizar campanha explícita para o presidente, pré-candidato à reeleição.
Bolsonaro ainda cobrou dos presentes celeridade nas entregas, como antecipou ontem o Estadão Broadcast, e um discurso comum em defesa de sua gestão, que será submetida à avaliação popular em outubro. Pela unidade, pediu cautela no momento de conceder entrevistas.
Responsável por acompanhar o andamento de obras e projetos do Executivo, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, não participou da reunião ministerial. Ele está afastado desde segunda-feira, quando passou por um procedimento cirúrgico na vesícula. Por outro lado, o ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, hoje sem qualquer cargo no governo, marcou presença em posto de destaque. O general deve assumir a vice na chapa de Bolsonaro nestas eleições.
Como mostrou o Estadão, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, também participou da reunião e logo em seguida pegou um resultado positivo para covid-19, após teste de rotina. Agora, está em isolamento e segue sem sintomas. Ainda não há informação sobre testes de outros líderes da Esplanada ou do presidente.