PF mira grupo que fez 245 saques para desviar recursos do Fundeb e do SUS em AL
A investigação se debruça sobre supostas ilegalidades nas contratações e pagamentos realizados pelo município em favor de duas empresas, para compra de material de construção, peças e serviços para veículos. De acordo com a PF, as companhias teriam recebido cerca de R$ 20 milhões do município.
De acordo com a PF, a investigação identificou que, entre 2019 e 2022, foram realizados 245 saques "na boca do caixa" de contas de tais empresas, com o valor individual de R$ 49 mil. As retiradas se deram logo após as empresas terem recebido recursos de contas do município de Rio Largo.
Os investigadores dizem que os saques visaram burlar o sistema de controle do Banco Central, que prevê a obrigatoriedade das instituições bancárias informarem automaticamente transações com valores iguais ou superiores a R$ 50 mil.
Segundo a PF, o nome da operação, Beco da Pecúnia, faz 'referência ao local onde a Polícia Federal flagrou quatro entregas de valores a pessoas vinculadas ao município de Rio Largo. logo após terem sido sacados por duas pessoas ligadas às empresas contratadas pelo município'.
Agentes cumprem 35 mandados judiciais de busca e apreensão em seis municípios alagoanos - Maceió, Rio Largo, Messias, Paripueira, São Sebastião e Palmeira dos Índios - e ainda vasculham um endereço em São Paulo.
Foi decretado o sequestro de bens móveis e imóveis 'para garantir o futuro ressarcimento aos cofres públicos no valor de R$ 12 milhões', diz a PF.
Além disso, foi determinado o afastamento cautelar de servidores públicos de Rio Largo, por 60 dias, com proibição de frequentar órgãos públicos do município, de manter contatos entre si e de ausentar-se do País, com a respectiva entrega do passaporte. Fora isso, houve imediata suspensão dos contratos entre as pessoas jurídicas e o município.
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