Abrigos do RS passam a acolhem pets para atrair morador em situação de rua
"Percebemos que oferecer acolhimento somente aos moradores em situação de rua não estava sendo suficiente para atraí-los para o abrigo. Isso porque há uma preocupação extrema por parte deles em relação aos seus animais de estimação", disse a secretária adjunta da Secretaria Especial de Bem-Estar Animal (Sebea), Fabiane Borba.
Prestes a completar dois meses, a iniciativa Acolhida do Bem já realizou cerca de 3.781 atendimentos. No local, todos são abrigados do frio e recebem alimentação e têm acesso a serviços assistenciais. A acolhida acontece diariamente no ginásio do Colégio São Paulo, cedido pela Fundação LaSalle para esta edição.
Gilson Machado de Lima, 37 anos, durante a semana limpa vidro dos carros na sinaleira. Aos finais de semana, ele cuida de carros na rua. À noite, busca acolhimento para ele e seus animais de estimação, a cadelinha Lady e o cachorro Zoreia, ambos castrados e cuidados pela Sebea.
"Tanto eu quanto a Lady e o Zoreia somos muito bem atendidos. Acho muito legal esse atendimento que fazem para os animais, é muito bom. Sem eles, fica mais difícil de a gente vir, não tem como deixar eles para trás. São meus companheiros", afirmou ele.
O abrigo tem capacidade para atender 150 pessoas diariamente. Além de terem acesso a duas refeições diárias, os usuários podem dormir, fazer a higienização nos banheiros e vestiários. Também contam com uma equipe multidisciplinar composta por assistente social, psicólogo e educadores sociais.
Todos os dias, os portões do colégio são abertos às 18h para receber as pessoas que precisam de acolhimento. Todos passam por uma triagem, realizando o teste de covid-19, requisito para poder entrar no local. Eles recebem roupas limpas, toalhas de banho e produtos para higiene pessoal.
"No município, também há uma forte política pública em prol dos animais, focada no controle populacional dos animais domésticos e na guarda responsável. Por isso tudo, abrimos a Acolhida do Bem também para os pets, para que, junto com os humanos, eles tenham o acolhimento que merecem", acrescenta Fabiane Borba.
Todas as terças e quintas-feiras a Sebea realiza atendimentos veterinários no local. "Conversas com os tutores sobre a saúde dos bichinhos e cuidados necessários são realizadas. Vacinas polivalentes e vermífugos são aplicados", informou a prefeitura.
Os animais que não são castrados são encaminhados para a realização do procedimento. Ao todo, até o momento foram realizados 48 atendimentos. No ginásio, os pets recebem diariamente água, ração e uma cama quentinha para passar a noite.
Acolhimento para moradores de rua e pets na cidade de São Paulo
Na capital paulista, por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS), o município disponibiliza 121 vagas para pets em 11 centros de acolhida, incluindo dois serviços emergenciais instalados no período da Operação Baixas Temperaturas (OBT), com 30 vagas.
Desde 2017, a secretaria passou a realizar o acolhimento dos pets das pessoas em situação de rua em serviços especializados, visando ao maior aceite no acolhimento.
"Os animais são acolhidos em canis individuais, onde recebem ração e água. Quando a pessoa é acolhida por um período maior, os animais recebem cuidados, como banho e consultas com veterinário, quando necessário", disse a Prefeitura em nota.
Abaixo, os centros de acolhimento que podem receber animais em SP:
- Centro Temporário de Acolhida (CTA) Aricanduva (23 vagas)
- CTA Butantã (10 vagas)
- CTA Lapa (10 vagas)
- CTA Brás (6 vagas)
- CTA Santana (8 vagas)
- CTA Prates I e II (10 vagas)
- CTA Brigadeiro Galvão (8 vagas)
- CTA Canindé para família (16 vagas)
- Centros Esportivos Santana (15 vagas)
- Joerg Bruder (15 vagas), em Santo Amaro
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