Eleições têm 1.866 policiais candidatos, 27% a mais do que em 2018
Desde 2010, quando o FBSP começou a contabilizar as candidaturas deste tipo, há um aumento do número de policiais buscando cargos eletivos. Eram 1.037 em 2010, 1.161 em 2014 e saltaram para 1.469 em 2018, ano da candidatura de Bolsonaro à Presidência. Este ano, o PL, sigla do presidente, lidera o número de postulantes com 232 nomes, seguido pelo PTB, com 140 e do Republicanos, com 137.
Mudança de perfil
"As polícias sempre estiveram mais ligadas a esse espectro da direita, mas em 2018 isso se acentuou", afirma Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do FBSP. Se antes os policiais candidatos tinham como foco pautas mais corporativistas, agora eles disputam espaço com candidaturas não ligadas a membros da corporação necessariamente.
Lima destaca o fim das coligações partidárias para cargos proporcionais, como deputados federais e estaduais, como um fator que pode dificultar a eleição de policiais este ano. "Os policiais vão disputar o voto dos bolsonaristas com as dificuldades das novas regras eleitorais", analisa.
Policiais militares são maioria
Do total de candidaturas para as eleições deste ano, a maioria é composta por policiais militares (807). Em seguida, aparecem policiais civis (188), bombeiros militares (117), militares reformados (245) e membros das Forças Armadas (60). Mais 449 candidatos declararam outra ocupação, mas foram identificados por meio do nome de urna.
Amazonas e Distrito Federal possuem a maior quantidade proporcional de candidaturas de policiais, com 11,3% e 10,1%, respectivamente. Já o Ceará possui a menor quantidade, com 4,3%. Em número absolutos, os três Estados com os maiores efetivos de policiais militares e civis do País aparecem com o maior número de candidaturas de membros do setor. Rio de Janeiro lidera a lista, com 251 nomes, seguido por São Paulo (238) e Minas Gerais (126).
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