Marco Feliciano volta a criticar Lula: Há 'muitas formas de se fechar uma Igreja'
A nota do pastor reitera entrevista que concedeu à Rádio CBN no último sábado, 13, quando comparou a esquerda com um "lobo rondando" as igrejas e disse que ela é "maestrina em criar situações" que levariam ao fechamento de templos.
"Falamos no risco de perseguição. Uma perseguição que pode culminar com o fechamento de igrejas. No púlpito eu não sou político, eu sou pastor. E como pastor eu tenho que alertar o meu rebanho que tem um lobo nos rondando, um lobo que quer tragar as nossas ovelhas", justificou.
Na segunda-feira, 15, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, chamou as declarações do pastor de "fake news" e afirmou que estuda acionar a Justiça. "Não pode é deixar que a campanha vá para fake news, para mentira. Eles não têm o que debater com o povo, o que eles fazem é eleitoreiro", disse a dirigente em São Paulo, após reunião com Lula e outros líderes da campanha.
A nota de Feliciano responde as acusações de Gleisi e destaca que se refere a um fechamento simbólico, e não físico. "Registro aqui meu espanto pela imprensa sumariamente enquadrar minha opinião como 'fake news'", disse em nota. "Reitero firmemente que não apenas eu, como grande parte da comunidade evangélica brasileira, tem muito receio de um governo encabeçado por Lula", completou.
O pastor voltou a afirmar que o PT age para cercear a liberdade religiosa. "Acredito que, dada a ficha corrida do PT, em um governo petista serão aprovadas leis impedindo pastores de afirmar que sodomia é pecado ou obrigando religiosos a oficiarem 'casamentos' de pessoas de mesmo sexo", escreveu.
Ele também citou o "kit gay" como um exemplo de pauta progressista barrada pela bancada evangélica no congresso. Como mostrou o Estadão, a campanha petista teme que aliados do presidente Jair Bolsonaro usem a ideia de que Lula fecharia igrejas se eleito como uma reedição da pauta do "kit gay" encampada nas eleições de 2018. Naquele ano, bolsonaristas alegavam que o então candidato petista, Fernando Haddad, era responsável pela criação de uma cartilha contra a homofobia que, segundo Bolsonaro, estimulava as crianças a se interessarem pelo sexo. Na ocasião, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chegou a determinar a remoção de seis postagens no Facebook e no YouTube em que o candidato associava o material à gestão de Haddad à frente do Ministério da Educação.
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