MG: após gafe de Zema sobre Adélia Prado, assembleia fará desagravo à escritora
As reuniões especiais da Assembleia, como a pedida pela parlamentar, tradicionalmente são realizadas nas noites de segunda-feira ou nas manhãs de sexta-feira. Os encontros são convocados a fim de promover desagravos, reverenciar pessoas e instituições de destaque em Minas Gerais.
"Estamos juntas, Adélia! A revolução virá de nós, mulheres, sobretudo das mulheres pretas", disse a parlamentar que preside a Comissão de Direitos Humanos do Parlamento Mineiro, e deve ser reconduzida ao cargo nessa legislatura.
Na sexta-feira, 10, o governador concedeu uma entrevista a um podcast gravado em Divinópolis, quando ganhou de presente a obra Reunião de Poesia (edição de bolso): 150 poemas selecionados, uma coletânea de poemas escritos por Adélia Prado.
"Ela trabalha aqui (na rádio)?", indagou Zema.
Foi visível o constrangimento do apresentador, Flaviano Cunha, do programa Pauta Quente, transmitido pelos canais do Sistema MPA de Comunicação. A entrevista também foi veiculada por outras duas emissoras de Divinópolis: a Rádio Minas e a TV Candidés.
"Eu queria encerrar o podcast, essa entrevista especial, governador, presenteando o senhor com um livro da Adélia Prado. Ela, que é uma escritora muito conhecida em Divinópolis. É um presente da diretora do Sistema MPA de Comunicação, Marielle Luchesi Mourão, em nome de todo o grupo. São os 150 melhores poemas da nossa escritora Adélia Prado", afirmou o apresentador, Flaviano Cunha.
"Muito obrigado. Muito bonito o livro aqui. Vou fazer bom uso, com toda a certeza", disse Zema, para, depois, revelar desconhecer a escritora.
Prêmios do governo
Em 2016, o governo mineiro condecorou Adélia Prado com o Prêmio Governo de Minas Gerais de Literatura, na categoria Conjunto da Obra. A homenagem foi entregue no ano seguinte. Adélia Prado tem mais de 20 livros publicados.
Além de já ter sido indicada para a Academia Brasileira de Letras (ABL), ela ficou conhecida nacionalmente a partir dos anos 1970 com o lançamento de Bagagem, obra que foi recomendada pelo também mineiro Carlos Drummond de Andrade (1902-1987).
Ela é também vencedora do Prêmio Jabuti (2002), entre outras premiações literárias, a exemplo do prêmio da ABL de Literatura
Infantojuvenil (2007), Prêmio Literário da Fundação Biblioteca Nacional (2010), Associação Paulista dos Críticos de Arte (2010) e Clarice Lispector (2016).
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