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Oposição vai recorrer de decisão de Pacheco sobre CPMI, diz Marinho

Pacheco indeferiu apelação de Marinho contra uma manobra regimental para tirar do bloco liderado pelo PL uma vaga na CPMI e a dar ao bloco do PT. - Valter Campanato/Agência Brasil/
Pacheco indeferiu apelação de Marinho contra uma manobra regimental para tirar do bloco liderado pelo PL uma vaga na CPMI e a dar ao bloco do PT. Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil/

Caio Spechoto

Em Brasília

05/05/2023 12h13

O líder da Oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), disse nesta sexta-feira (5) que recorrerá contra a decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que enfraqueceu o grupo na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os ataques às sedes dos Poderes em 8 de Janeiro.

Pacheco indeferiu apelação de Marinho contra uma manobra regimental de Randolfe Rodrigues (Rede-AP) para tirar do bloco liderado pelo PL uma vaga na CPMI e a dar ao bloco do PT. A decisão do presidente do Senado foi publicada mais cedo no Diário do Congresso Nacional.

O novo recurso de Marinho será à Comissão de Constituição e Justiça do Senado. De acordo com ele, a interpretação do regimento que validou a manobra de Randolfe foi casuísta. O senador, porém, disse que não deve haver judicialização do caso.

"Espero que não seja uma manobra de procrastinação da CPMI", disse Marinho a jornalistas. Ele afirmou que só uma "catástrofe do ponto de vista legal" impediria a instalação da CPMI, e que a oposição fará sua parte para não haver "desculpa" que impeça a comissão de funcionar.

O presidente do Senado leu o requerimento de criação da CPMI na sessão do Congresso Nacional, que reúne senadores e deputados, de 26 de abril.

Os opositores querem a CPMI para tentar emplacar a versão de que o governo foi negligente com a segurança naquele dia e, por isso, também tem responsabilidade sobre os ataques. Marinho disse que ministro da Justiça, Flávio Dino, precisa comparecer à CPMI para explicar o "apagão" na área.

Governistas, nas últimas semanas, passaram a se dizer favoráveis à investigação. A estratégia seria construir maioria na CMPI e usar a comissão para aumentar a pressão sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu grupo político.