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Dois PMs viram réus por morte de morador de comunidade na Operação Escudo

Operação Escudo foi iniciada no dia 28 de julho após morte de PM da Rota Imagem: TABA BENEDICTO/ESTADÃO CONTEÚDO

São Paulo

19/12/2023 15h38Atualizada em 19/12/2023 18h12

A Justiça de São Paulo recebeu nesta terça-feira, 19, a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado contra dois policiais militares que participaram da Operação Escudo. Eles vão responder a uma ação penal pela morte de um morador da Vila Zilda, no Guarujá, no litoral paulista.

A Operação Escudo foi aberta depois que o policial militar da Rota Patrick Bastos dos Reis foi assassinado no Guarujá em 27 de julho. O crime desencadeou novas operações da PM na região e uma onda de assassinatos. Moradores denunciaram abusos e episódios de violência policial como retaliação.

Ao receber a denúncia, a Justiça de São Paulo também determinou o afastamento dos dois agentes de atividades de policiamento ostensivo até o julgamento do caso. O Estadão entrou em contato com a Secretaria de Segurança, mas ainda não havia recebido um retorno até a publicação desta notícia.

A denúncia foi oferecida por promotores do Tribunal do Júri do Guarujá e do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp). Eles analisaram imagens das câmeras corporais dos policiais, ouviram testemunhas e a versão dos agentes e confrontaram os dados com laudos de perícias feitas ao longo da investigação.

Há outras 25 investigações abertas na esteira da Operação Escudo. O MP também acompanha as apurações administrativas instauradas pela Polícia Militar.

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