Defesa de Mauro Cid alega obstrução de Justiça e pede liberdade provisória
São Paulo
24/04/2024 11h45Atualizada em 24/04/2024 12h05
A defesa do ex-ajudante de ordens da Presidência tenente-coronel Mauro Cid pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que conceda liberdade provisória ao militar. Cid está custodiado há cerca de um mês no Batalhão da Polícia do Exército, após ser preso por descumprimento de medidas cautelares e obstrução à Justiça.
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A detenção de Cid se deu vazamento de áudios em que ele diz que o inquérito da Operação Tempus Veritatis é uma "narrativa pronta". Nos áudios, o militar também diz que Moraes já tem a sentença dos investigados. Em uma das gravações, Cid afirma que os investigadores 'não queriam saber a verdade' sobre a tentativa de golpe de Estado, e sim confirmar uma 'narrativa pronta'.
Logo após a divulgação das mensagens, Cid compareceu ao Supremo para uma audiência de confirmação dos termos de sua delação premiada. Lá foi informado sobre a nova prisão. Chegou a desmaiar após ouvir a notícia. O episódio também levou a uma reavaliação da homologação da delação premiada do aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro
Ao pedir liberdade provisória a Cid, a defesa rechaça a alegação de suposta obstrução de justiça e argumenta que a divulgação dos áudios não impactou a delação premiada do militar, nem as investigações que tramitam no STF.
Quando Cid foi preso, o advogado Cezar Bittencourt, que defende o militar, destacou que as declarações eram um 'mero desabafo'. O defensor também declarou à época que as os áudios 'de forma alguma, comprometem a lisura, seriedade e correção' da delação do ex-ajudante de ordens da Presidência.