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Noruega volta a estocar grãos e cita pandemia, guerra e mudança climática

26/06/2024 08h34

O governo da Noruega assinou nesta terça-feira,25, um acordo para começar a estocar grãos, e citou questões como a pandemia de covid-19, uma guerra na Europa e as mudanças climáticas. O acordo para armazenar 30 mil toneladas de grãos em 2024 e 2025 foi assinado junto a quatro empresas privadas, que vão armazenar trigo em instalações já existentes. O cereal pertencerá ao governo da Noruega. Três das companhias vão armazenar pelo menos 15 mil toneladas este ano.A Noruega assinará mais contratos de estocagem nos próximos anos, com o objetivo de compor a reserva até 2029. A meta é ter cerca de 82,5 mil toneladas de grãos em estoque até o fim da década, "para que tenhamos grãos suficientes para três meses de consumo pela população da Noruega em uma situação de crise que possa surgir", disse o ministro da Agricultura, Geir Pollestad, à emissora norueguesa NRK.As empresas "são livres para investir em novas instalações e decidir por si mesmas onde querem armazenar os grãos de emergência, mas devem disponibilizar os grãos ao Estado, se necessário", disse o governo. O Ministério da Agricultura e Alimentos da Noruega afirmou que a criação de um estoque "é uma questão de estar preparado para o impensável". "Deve haver um nível extra de segurança em caso de grandes interrupções nos sistemas de comércio internacional ou falha da produção nacional", acrescentou o ministro das Finanças, Slagsvold Vedum.No ano passado, o país disse que gastaria 63 milhões de coroas norueguesas (US$ 6 milhões) por ano para estocar grãos. A nação escandinava havia armazenado grãos na década de 1950, mas fechou os locais de armazenamento em 2003 após decidir que não eram mais necessários. No entanto, após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, a Noruega criou uma comissão para avaliar as forças e fraquezas de seus sistemas de preparação para emergências, que recomendou a estocagem de grãos.O país também abriga o Global Seed Vault em seu arquipélago de Svalbard, a cerca de 1,3 mil km do Polo Norte. Desde 2008, bancos de genes e organizações de todo o mundo depositaram quase 1 milhão de amostras de sementes no cofre para respaldar suas próprias coleções em caso de calamidades naturais ou provocadas por humanos. O governo norueguês financiou o custo de construção, enquanto uma organização internacional sem fins lucrativos paga pelos custos operacionais. Fonte: Associated Press.

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