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Às vésperas de visita, Lula diz querer ter certeza de que extrema direita não vença em BH

O presidente Lula (PT) em evento de Educação no Ceará Imagem: Reprodução - 20.jun24/YouTube/CanalGov

Brasília

27/06/2024 16h27Atualizada em 27/06/2024 17h16

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (27) que prioriza evitar a vitória de candidatos de extrema direita em Minas Gerais, ao comentar sobre a sua postura na eleição da capital, Belo Horizonte.

Em entrevista à Rádio Itatiaia, Lula havia sido questionado sobre como se dará a sua relação com o PSD no município, já que estão no páreo pela prefeitura o petista Rogério Correia e o atual prefeito Fuad Noman (PSD).

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Lula afirmou que o primeiro turno das eleições é uma oportunidade para todos os partidos terem seus candidatos caso queiram, mas sugeriu que "estabeleçam uma espécie de ajuste de conduta para que eles não se agridam a ponto de inibir uma aliança no 2º turno".

O presidente afirmou que "não tem como o PT negar ao Rogério Correia o direito de ser candidato" e que "pode crescer muito em Minas Gerais". Ao mesmo tempo, lembrou que Fuad Noman é o atual prefeito e, portanto, "está na máquina".

Na sequência, Lula destacou a possibilidade de um adversário de extrema direita vencer a disputa. "Nós sabemos que tem outros adversários, tem gente de extrema-direita disputando aqui em Minas Gerais. E o que nós queremos é ter a certeza de que Minas Gerais não terá um prefeito de extrema direita", disse.

Lula prosseguiu: "Minas Gerais terá um prefeito civilizado, democrático, que converse com as pessoas, que visite a periferia, que atenda o movimento social, que atenda os empresários, que atenda os comerciantes, mas que atenda, sobretudo, a parte mais pobre da população".

Conforme mostrou o Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), Lula convidou Correia e Fuad ao palanque em Belo Horizonte e tem a missão de costurar uma concertação entre as duas partes. No entanto, nem o petista nem o atual prefeito da capital querem ceder o protagonismo na chapa.

Nesse cenário, os candidatos mais bem colocados nas pesquisas são Mauro Tramonte (Republicanos), famoso apresentador de televisão, e o bolsonarista Bruno Engler (PL).

'Pacheco e Silveira têm todas as condições de ser candidatos'

Lula afirmou que tanto o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), como o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, teriam condições para candidaturas em Minas Gerais em 2026.

No caso de Pacheco, o presidente disse que o senador seria um "extraordinário" governador de Minas Gerais e que gostaria de "estar junto" caso esse seja o seu projeto.

"Não é que ele é meu candidato. Se o Pacheco quiser ser candidato, ele será um extraordinário candidato do povo de Minas Gerais. Eu tenho dito isso para o Pacheco. Ele só não será se não quiser", afirmou.

Lula prosseguiu: "Eu não sei o que ele quer. Eu considero o Pacheco a mais importante personalidade de Minas Gerais hoje. Ou seja, uma pessoa pública, jovem, competente. Muito competente".

O presidente acrescentou: "Ou seja, ele decide o que ele quiser fazer. O que eu posso dizer é que eu quero estar junto".

Na sequência, Lula afirmou que o seu ministro de Minas e Energia, também do PSD, foi "um achado" na sua campanha eleitoral. "O Alexandre hoje é um dos meus ministros mais atuantes, muito competente, é um companheiro parceiro, não tem preguiça", disse.

Lula também salientou que o PT quer voltar a governar o estado e vários municípios, mas pregou "construir alianças para defender a democracia".

Questionado se Pacheco e Silveira serão seus candidatos, Lula afirmou que não quer definir sua posição sobre 2026.

"Se eu afirmar isso, eu estarei criando um problema. Eu acho que eles têm todas as condições", disse.

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