Tribunal do MS reserva R$ 170 mil para compra de copos térmicos para magistrados
Em meio ao impacto da Operação Última Ratio, que põe sob suspeita cinco de seus desembargadores investigados em um esquema de venda de sentenças, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul já reservou uma verba especial para a compra de copos térmicos para seus magistrados e servidores. A compra de 4.340 unidades vai custar R$ 173 mil.
Segundo o edital, os copos deverão ser em aço inoxidável, "tendo em vista a preocupação com a saúde dos colaboradores, uma vez que, dentre os materiais disponíveis no mercado, o inox é um dos materiais mais seguros e higiênicos, que não libera substâncias tóxicas quando em contato com líquidos quentes ou frios, garantindo a segurança alimentar".
Outra exigência é a tampa para "proteção do líquido (evitando poeira, por exemplo)" e para "evitar acidentes e derramamento de líquidos na estação de trabalho e equipamentos".
"O volume dos copos, entre 400ml e 550ml, foi escolhido com base na análise do tempo médio de consumo e da necessidade de levantar-se da estação de trabalho para reabastecê-lo. Um volume menor poderia aumentar a frequência de reabastecimento, o que faria com que o servidor precisasse se ausentar mais vezes da sua estação de trabalho, podendo desmotivar o enchimento do copo, reduzindo a ingestão de água e impactando negativamente na saúde do servidor, além de poder impactar na sua produtividade", segue o edital.
Os copos serão distribuídos na campanha "Justiça Consciente", que segundo o tribunal tem como objetivo chamar atenção para "questões fundamentais no âmbito da rotina de trabalho".
O Estadão divulgou nesta semana outra licitação do Poder Judiciário. O Tribunal Regional do Trabalho da 5.ª Região (TRT-5), na Bahia, prevê gastar R$ 142 mil com materiais para promover eventos. A corte divulgou uma licitação para comprar itens como taças de cristal, arranjos de flor artificial, aparelhos de jantar em porcelana, faqueiros em aço inox, guardanapos de tecido, tapetes estilo persa e mesas de bistrô. Antes disso, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) reservou R$ 10,4 milhões para renovar sua frota de veículos com carros híbridos.
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