'Ceia de Natal': pescador flagra sucuri digerindo animal grande em rio do MS
27/12/2024 15h39
Um guia de pesca flagrou uma cobra sucuri digerindo um animal de médio a grande porte na quarta-feira, 25, em um rio de Três Lagoas, na região nordeste de Mato Grosso do Sul. O réptil apresentava o corpo dilatado pelo tamanho da presa. Os registros foram feitos por Lucas Cabanhas, ex-socorrista de ambulância que deixou o emprego para ser guia de pescadores. "É a primeira vez que vejo uma sucuri desse porte e com um boi na barriga", disse ao Estadão.
Exagero à parte, ele disse que a presa deve ser uma capivara, animais que são abundantes na região. O registro ocorreu no dia de Natal, quando Lucas fazia um passeio de barco pelo Rio Sucuruí, com amigos e familiares. "Um primo veio de Lucas do Rio Verde (MT) e queria ver bichos. Eu disse que sabia onde tinha alguns jacarés. No caminho topamos com essa baita sucuri digerindo a ceia de Natal dela", contou.
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Lucas ficou tão empolgado que voltou ao local a pé, pela margem, para fazer um registro mais próximo da cena. "É um presente ver um bicho deste e não fazer mal para ele", diz, no vídeo. À reportagem, ele conta que já havia viajado à região de Bonito, no Pantanal, na esperança de ver sucuris. "Não consegui ver nenhuma, mas agora encontro esta praticamente no quintal de minha casa. Foi um presente de Natal."
Na mesma ocasião, Lucas registrou uma anta, o maior mamífero terrestre brasileiro, nadando no rio, com marcas de ataque por uma onça. O Sucuruí é um afluente do Rio Paraná, que margeia Três Lagoas. "A anta estava sem uma orelha e com marcas antigas de arranhões na costa. Não pode ser outra coisa: ela escapou do ataque de uma onça", disse.
A sucuri, também conhecida como anaconda, é réptil semiaquático de um gênero que inclui as maiores cobras do mundo. Elas se alimentam principalmente de peixes, aves aquáticas, jacarés e capivaras, mas também podem atacar animais domésticos e felinos. As fêmeas são maiores que os machos e as adultas alcançam em média de três a quatro metros, embora haja relatos de animais maiores. Elas não têm veneno e matam suas presas por constrição, enrolando-se nelas até que o fluxo sanguíneo seja interrompido.