Topo

Coamo: receita em 2024 foi de R$ 28,82 bi, queda de 4,88% ante recorde de 2023

11/02/2025 17h44

São Paulo, 11 - A Coamo Agroindustrial, maior cooperativa agrícola da América Latina, alcançou faturamento de R$ 28,82 bilhões em 2024. A cifra representou queda de 4,88% em relação ao recorde de R$ 30,3 bilhões, estabelecido em 2023. As sobras líquidas (como as cooperativas chamam o lucro líquido) recuaram 12,74%, de R$ 2,324 bilhões para R$ 2,028 bilhões.Do montante, mais de R$ 694 milhões serão distribuídos aos mais de 32 mil cooperados no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, conforme a movimentação de cada um na cooperativa. Os números foram aprovados nesta terça-feira (11) em Assembleia Geral Ordinária, na sede em Campo Mourão (PR). "Apesar das dificuldades climáticas, foi um ano relativamente bom", afirmou o presidente do Conselho de Administração da Coamo, José Aroldo Gallassini, ao Broadcast Agro, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.No ano passado, a Coamo recebeu um total de 8,024 milhões de toneladas de produtos agrícolas, o equivalente a 133,731 milhões de sacas, representando 2,7% da produção brasileira de grãos e fibras, com uma capacidade de armazenamento de 6,264 milhões de toneladas de grãos (104,396 milhões de sacas). No setor de exportação, a cooperativa embarcou 4,34 milhões de toneladas de commodities e produtos alimentícios para 31 países, com faturamento de US$ 1,87 bilhão.A Coamo investiu R$ 1,2 bilhão na ampliação e modernização de sua infraestrutura em 2024, incluindo a conclusão da indústria de rações e o início da construção de um novo entreposto em Campina da Lagoa (PR), além do lançamento de uma indústria de etanol de milho em Campo Mourão. O patrimônio líquido da Coamo atingiu R$ 11,99 bilhões, um crescimento de 13% em relação a 2023. O grau de endividamento foi de 38,46%.Apesar do crescimento patrimonial, o ano foi desafiador devido ao clima adverso e à queda nos preços das commodities, reconheceu o presidente executivo da Coamo, Airton Galinari. "Se analisarmos a queda dos preços, podemos falar em uma redução próxima de 15%. No caso da safra, a perda ficou entre 15% e 20%. Isso, em tese, levaria a um faturamento bem menor. No entanto, entramos no ano com um estoque de passagem elevado e saímos dele com um volume reduzido", disse.Na visão de Gallasini, o alto volume dos estoques de passagem de 2023 para 2024 representou um desafio às operações logísticas. "Isso tornou o período especialmente difícil, exigindo grande esforço logístico para garantir o atendimento aos cooperados", disse. "Mas graças a esse fator conseguimos manter um nível satisfatório de faturamento. Se compararmos com outras cooperativas que não tiveram essa condição, veremos que algumas registraram quedas mais expressivas", acrescentou.

Relacionadas

Comunicar erro

Comunique à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:

Coamo: receita em 2024 foi de R$ 28,82 bi, queda de 4,88% ante recorde de 2023 - UOL

Obs: Link e título da página são enviados automaticamente ao UOL

Ao prosseguir você concorda com nossa Política de Privacidade


Cotidiano