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Ruínas de casa arcaica são encontradas em palácio romano

Segundo os responsáveis pelo trabalho, o achado é impressionante e de valor imensurável devido ao seu ótimo estado de conservação e por ele mudar completamente o mapa da Roma dos séculos VI e V a.C - EFE/Angelo Carconi
Segundo os responsáveis pelo trabalho, o achado é impressionante e de valor imensurável devido ao seu ótimo estado de conservação e por ele mudar completamente o mapa da Roma dos séculos VI e V a.C Imagem: EFE/Angelo Carconi

09/09/2015 18h42

Foram encontradas ruínas de uma moradia arcaica do século VI a.C no interior do Palazzo Canevari, o antigo Instituto Geológico de Roma, que se encontra nas proximidades do Palácio do Quirinale, sede da Presidência da República.   

A descoberta foi realizada a partir de escavações feitas no local durante o verão europeu e que foram autorizadas pela Superintendência Especial para os Bens Arquitetônicos e Paisagísticos da capital italiana.   

Segundo os responsáveis pelo trabalho, o achado é impressionante e de valor imensurável devido ao seu ótimo estado de conservação e por ele mudar completamente o mapa da Roma dos séculos VI e V a.C., já que descobriu-se que a região não era uma grande necrópole, como se acreditava, mas sim uma zona habitável.   

Se ainda estivesse intacta, a construção teria uma planta regular, provavelmente dividida em dois ambientes, uma rampa de calcário, talvez com um pórtico na parte da lateral da entrada, muros de madeira revestidos com um engessado de argila e telhado.   

O Palazzo Canevari é alvo de escavações desde 2003, quando se quis investigar a área para saber se lá existiam objetos de valor histórico e arqueológico. Já em 2013, havia sido descoberto no local um grande templo datado do início do século V a.C.   

"A posição da casa, próxima ao templo, nos faz pensar que aquela era uma área sacra. Mas ainda mais importante que isso é que agora podemos datar novamente a urbanização da zona do Quirinale", afirmou o superintendente para o Coliseu, os Museus Nacionais Romanos e a área arqueológica de Roma, Francesco Prosperetti.   

"Os muros englobaram uma área que já era habitada e não uma necrópole. Isso significa que a Roma do início do século VI [a.C.] era muito maior que o esperado, e não apenas em torno do Fórum Romano", explicou ele. (ANSA)

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