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Papa receberá presidente argentino no Vaticano em fevereiro

Mauricio Macri, presidente da Argentina - Victoria Egurza/Telam/Xinhua
Mauricio Macri, presidente da Argentina Imagem: Victoria Egurza/Telam/Xinhua

Em Buenos Aires (Argentina)

29/01/2016 09h06

O papa Francisco receberá o novo presidente argentino, Mauricio Macri, em uma audiência privada no Vaticano no dia 27 de fevereiro, informou a mídia argentina.

Este será o primeiro encontro entre os dois líderes desde que Macri assumiu a Presidência, em 10 de dezembro do ano passado.

Como prefeito de Buenos Aires, ele havia viajado para encontrar o pontífice, ao lado de sua família, em setembro de 2013.   

Recentemente, após o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, foi especulado que o mandatário poderia solicitar um encontro com o sucessor de Bento 16. Porém, a nova equipe diplomática da Argentina optou por não fazer o pedido e designar uma data para uma viagem com esse único objetivo.

Macri comentou, ainda na Suíça, que ele e o Sumo Sacerdote "sempre tivemos um relacionamento muito bom, nos conhecemos há anos, desde quando ele era bispo de Buenos Aires e eu era prefeito".

Segundo o jornal "La Nación", a marcação de uma data específica para a reunião também tem como foco uma "normalização" nas relações diplomáticas entre os dois países. Isso porque Jorge Mario Bergoglio teria se sentido "usado" politicamente pela ex-presidente Cristina Kirchner e por outros políticos argentinos, como revelou em uma entrevista à "Televisa" em março do ano passado.

De acordo com o periódico, o Vaticano viu com bons olhos e aprovou em tempo recorde a nomeação de Rogelio Pfirter, o novo embaixador argentino no país. Ele é visto como um representante mais "profissional" do que o antecessor por ter uma trajetória diplomática "reconhecida", e além disso, é um ex-aluno de Bergoglio.

Por protocolo, o Pontífice não nega pedidos de encontros diplomáticos na Santa Sé. Nos últimos três anos, ele recebeu Kirchner por quatro vezes no Vaticano e a cumprimentou durante as visitas que fez ao Brasil (2013) e ao Paraguai e Cuba (2015).