Análise: Rompimento com PMDB é 'trágico' para Dilma
SÃO PAULO, 29 MAR (ANSA) - Já esperado há algumas semanas, o rompimento oficial do PMDB com o governo Dilma Rousseff deve complicar ainda mais a difícil situação da presidente no Congresso e aumentar o apoio ao seu impeachment. É o que dizem cientistas políticos consultados pela ANSA Brasil sobre o "desembarque" do partido do vice Michel Temer.
Para David Fleischer, professor da Universidade de Brasília (UNB), a saída do PMDB da base aliada de Dilma mostra que o "fim está próximo". "As consequências são muito negativas para Dilma.
Será um divisor de águas", afirma o especialista, que acredita que o rompimento terá um "efeito dominó", com outros partidos seguindo o exemplo peemedebista.
A imprensa em Brasília já especula que PP e PR podem ser os próximos a abandonar a barca governista e fortalecer o coro pró-impeachment no Congresso. Se o processo seguir para o Senado e for instaurado na Câmara Alta, Dilma será afastada do poder e dará lugar a Temer, principal cacique do PMDB.
Fleischer também chama o dia de hoje (29) de "Super Terça", fazendo uma analogia com uma das datas mais importantes da corrida eleitoral nos Estados Unidos. "Mas algumas pessoas também estão falando em 'Dia D', de Dilma", acrescenta o cientista político.
Já Marco Antônio Carvalho, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), avalia que o rompimento com o PMDB é uma "notícia trágica" para o governo, já que aumenta o risco de afastamento da presidente. "Vamos ver o tamanho do estrago", diz o especialista, ressaltando que o Planalto tentará "pegar as ovelhas desgarradas" para obter os votos necessários para barrar o impeachment. "Sem o PMDB, a vida do PT fica muito mais difícil", explica.
Atualmente, uma comissão formada por 65 deputados discute o processo que pede o afastamento da mandatária por conta das chamadas "pedaladas fiscais". O documento é assinado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr.
Para que o impeachment prossiga, dois terços dos 513 deputados terão de votar a favor. Caso isso aconteça, a próxima etapa será no Senado, onde haverá um prazo de 180 dias para a deliberação, em sessões comandadas pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.
Nesse período, Dilma ficaria afastada do cargo. Se dois terços dos senadores votarem pelo impeachment, a petista perderá o mandato, e seu vice, Michel Temer, tomará posse. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Para David Fleischer, professor da Universidade de Brasília (UNB), a saída do PMDB da base aliada de Dilma mostra que o "fim está próximo". "As consequências são muito negativas para Dilma.
Será um divisor de águas", afirma o especialista, que acredita que o rompimento terá um "efeito dominó", com outros partidos seguindo o exemplo peemedebista.
A imprensa em Brasília já especula que PP e PR podem ser os próximos a abandonar a barca governista e fortalecer o coro pró-impeachment no Congresso. Se o processo seguir para o Senado e for instaurado na Câmara Alta, Dilma será afastada do poder e dará lugar a Temer, principal cacique do PMDB.
Fleischer também chama o dia de hoje (29) de "Super Terça", fazendo uma analogia com uma das datas mais importantes da corrida eleitoral nos Estados Unidos. "Mas algumas pessoas também estão falando em 'Dia D', de Dilma", acrescenta o cientista político.
Já Marco Antônio Carvalho, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), avalia que o rompimento com o PMDB é uma "notícia trágica" para o governo, já que aumenta o risco de afastamento da presidente. "Vamos ver o tamanho do estrago", diz o especialista, ressaltando que o Planalto tentará "pegar as ovelhas desgarradas" para obter os votos necessários para barrar o impeachment. "Sem o PMDB, a vida do PT fica muito mais difícil", explica.
Atualmente, uma comissão formada por 65 deputados discute o processo que pede o afastamento da mandatária por conta das chamadas "pedaladas fiscais". O documento é assinado pelos juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr.
Para que o impeachment prossiga, dois terços dos 513 deputados terão de votar a favor. Caso isso aconteça, a próxima etapa será no Senado, onde haverá um prazo de 180 dias para a deliberação, em sessões comandadas pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.
Nesse período, Dilma ficaria afastada do cargo. Se dois terços dos senadores votarem pelo impeachment, a petista perderá o mandato, e seu vice, Michel Temer, tomará posse. (ANSA)
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