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Projeto Fashion Revolution luta pela moda sustentável

25/04/2016 13h30

ROMA, 25 ABR (ANSA) - Três anos após a tragédia no Rana Plaza, em Dacca, Bangladesh, que deixou ao menos 1.113 pessoas mortas, a campanha #whomademyclothes ("Quem fez minhas roupas", em livre tradução do português), promovida pelo projeto Fashion Revolution, vem ganhando força em todo o mundo. Em 24 de abril de 2013, centenas de pessoas morreram e mais de 2.500 ficaram feridas no desmoronamento do edifício que abrigava oficinas de costureiras e outros funcionários do setor da moda, que trabalhavam em condições desumanas e por salários pequenos, para sustentar o mercado do "fast fashion".   


Anualmente, neste dia o projeto Fashion Revolution, além de questionar os rumos da moda, também levanta temas como o excesso de consumo, promovendo a troca de roupas, a compra de peças já usada ou até mesmo a criação própria (DIY).   


O movimento ainda convida as pessoas a realizar diversas atividades, como usar uma peça de roupa ao contrário, evidenciando sua etiqueta, fotografar a cena e mostrar nas redes sociais com a hashtag #whomademyclothes.   


Segundo eles, saber quem fez suas roupas ajuda a humanizar o processo de produção.   


A campanha acredita que a indústria da moda pode valorizar pessoas, o meio ambiente, a criatividade e os lucros em igual medida. "E é a responsabilidade de todos assegurar que isso aconteça", dizem os organizadores.   


Uma das fundadoras do movimento e pioneira na defesa do comércio justo (fair trade), Carry Somers, disse ter percebido que o desastre do Rana Plaza "poderia atuar como um catalisador, espalhando a conscientização em prol da moda ética/sustentável e fornecendo uma janela para fazer a mudança real".   


"O Fashion Revolution Day representa uma excelente oportunidade para reconectar os amantes da moda com as pessoas que fizeram suas roupas", conclui em nota.   


Na terceira edição do evento, realizada entre 16 e 24 de abril, mais de 80 países celebraram a data. No Brasil, diversas cidades abrigaram eventos pedindo uma indústria mais justa e igualitária. (ANSA)
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