Artrose era doença mais comum do Império Romano, diz estudo
ROMA, 25 MAI (ANSA) - Era a artrose que colocava "de joelhos" os moradores do Império Romano, curvando as costas e maltratando os antigos romanos com uma dor que ninguém conhece atualmente antes dos 30 anos. Isso é o que revelou um estudo com mais de dois mil esqueletos encontrados na Roma Antiga.
A pesquisa, publicada em um livro chamado "Bones: Orthopaedic Pathologies in Roman Imperial Age", a maior do gênero sobre o tema, mostrou que as articulações dos cidadãos romanos sofriam muito com os trabalhos manuais realizados na época e que, para as dores geradas desse trabalho, não havia nenhuma prevenção ou cura.
Caso houvesse uma fratura causada pela doença, ela era "consertada" sem nenhum tipo de cirurgia. O mais comum era a colocação dos doentes sobre uma tábua de madeira, onde ali permaneciam e aguardavam imóveis a diminuição das dores.
"Algumas descobertas nos aparentaram ser tão particulares que não podíamos deixar de pressupor que eles tinham bons conhecimentos sobre as técnicas de cura óssea. Nos pareceu, então, importante procurar a colaboração com especialistas em medicina para entender e analisar a evolução dos conhecimentos médicos e ortopédicos da Roma imperial", disse o médico ortopedista, Andrea Piccioli, que liderou o estudo.
Para chegar aos resultados finais, a equipe contou com a presença de dois ortopedistas, três antropólogos, dois radiologistas e duas historiadoras da medicina.
O trabalho representa uma possibilidade sem precedentes na leitura científica por causa do alto número de sujeitos examinados - encontrados em necrópoles suburbanas da capital italiana -, analisados com exames fotográficos integrados com modernas técnicas de imagem como, por exemplo, a Tomografia Axial Computadorizada (TAC), capaz de avaliar lesões impossíveis de serem descobertas anteriormente.
"Nós conseguimos obter uma fotografia de uma época longínqua, que nos mostrou histórias de homens e de doenças que nos surpreenderam e, às vezes, nos emocionaram. Eram mulheres e homens habituados a viver e trabalhar com doenças dolorosas e invalidantes. Hoje, é impossível apenas pensar em viver com esses sofrimentos físicos", conclui Piccioli. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
A pesquisa, publicada em um livro chamado "Bones: Orthopaedic Pathologies in Roman Imperial Age", a maior do gênero sobre o tema, mostrou que as articulações dos cidadãos romanos sofriam muito com os trabalhos manuais realizados na época e que, para as dores geradas desse trabalho, não havia nenhuma prevenção ou cura.
Caso houvesse uma fratura causada pela doença, ela era "consertada" sem nenhum tipo de cirurgia. O mais comum era a colocação dos doentes sobre uma tábua de madeira, onde ali permaneciam e aguardavam imóveis a diminuição das dores.
"Algumas descobertas nos aparentaram ser tão particulares que não podíamos deixar de pressupor que eles tinham bons conhecimentos sobre as técnicas de cura óssea. Nos pareceu, então, importante procurar a colaboração com especialistas em medicina para entender e analisar a evolução dos conhecimentos médicos e ortopédicos da Roma imperial", disse o médico ortopedista, Andrea Piccioli, que liderou o estudo.
Para chegar aos resultados finais, a equipe contou com a presença de dois ortopedistas, três antropólogos, dois radiologistas e duas historiadoras da medicina.
O trabalho representa uma possibilidade sem precedentes na leitura científica por causa do alto número de sujeitos examinados - encontrados em necrópoles suburbanas da capital italiana -, analisados com exames fotográficos integrados com modernas técnicas de imagem como, por exemplo, a Tomografia Axial Computadorizada (TAC), capaz de avaliar lesões impossíveis de serem descobertas anteriormente.
"Nós conseguimos obter uma fotografia de uma época longínqua, que nos mostrou histórias de homens e de doenças que nos surpreenderam e, às vezes, nos emocionaram. Eram mulheres e homens habituados a viver e trabalhar com doenças dolorosas e invalidantes. Hoje, é impossível apenas pensar em viver com esses sofrimentos físicos", conclui Piccioli. (ANSA)
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