Governo da Colômbia indica chefe de negociações com o ELN
BOGOTÁ, 24 OUT (ANSA) - Após o acordo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, indicou seu ex-ministro de Agricultura Juan Camilo Restrepo como o chefe das negociações de paz com o segundo maior grupo guerrilheiro do país, o Exército Nacional da Libertação (ELN).
O anúncio de Santos, feito na noite deste domingo (23), confirmou a data para o início das tratativas em Quito, no Equador, para a próxima quinta-feira (27). "Durante esta semana, eu vou informar vocês sobre este importante passo e sobre quem fará parte do grupo negociador. Mas, posso adiantar que o chefe da equipe será o ex-ministro", disse ainda o mandatário.
Restrepo atuou no governo de Santos entre 2010 e 2013 e também foi ministro da Fazenda e de Crédito Público no governo de Andrés Pestrana, entre os anos de 2000 e 2001. Ele ainda foi embaixador da Colômbia na França e tem graduações na London School of Economics e na Universidade de Sorbonne.
No dia 10 de outubro deste ano, o governo e os líderes do ELN anunciaram que iniciariam as conversas de paz, em formato parecido com o que ocorreu com as Farc. Os debates em Quito terão como países-garantidores Brasil, Chile, Cuba, Noruega e Venezuela, além do próprio Equador.
Com cerca de 1,5 mil militantes, o ELN só perde em tamanho para as Farc e é considerado um dos grupos guerrilheiros mais perigosos da Colômbia. Há cerca de três anos, há "conversas exploratórias" entre o governo e o grupo, mas agora os dois lados decidiram tornar esse debate "público".
Apesar de ter fechado o acordo de paz com as Farc e recebido o prêmio Nobel da Paz por isso, Santos não conseguiu fazer com que a população aprovasse o pacto em um referendo. Por este motivo, os dois lados voltaram à mesa de negociações - com a participação da oposição colombiana - para submeter o novo acordo a mais um referendo.
O ELN foi fundado em 1965 e é considerado o grupo que mais sequestra pessoas na Colômbia, tendo sua zona de atuação nas áreas petroleiras e mineradoras do país. O grupo já tentou fazer dois acordos de paz com o governo colombiano, mas ambas foram frustradas.
A primeira ocorreu durante o governo de César Gaviria, entre os anos de 1990 e 1994, e a outra durante o mandato de Álvaro Uribe, entre 2002 e 2010. Uribe, aliás, foi o principal líder do movimento contrário ao acordo de paz assinado com as Farc.
(ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O anúncio de Santos, feito na noite deste domingo (23), confirmou a data para o início das tratativas em Quito, no Equador, para a próxima quinta-feira (27). "Durante esta semana, eu vou informar vocês sobre este importante passo e sobre quem fará parte do grupo negociador. Mas, posso adiantar que o chefe da equipe será o ex-ministro", disse ainda o mandatário.
Restrepo atuou no governo de Santos entre 2010 e 2013 e também foi ministro da Fazenda e de Crédito Público no governo de Andrés Pestrana, entre os anos de 2000 e 2001. Ele ainda foi embaixador da Colômbia na França e tem graduações na London School of Economics e na Universidade de Sorbonne.
No dia 10 de outubro deste ano, o governo e os líderes do ELN anunciaram que iniciariam as conversas de paz, em formato parecido com o que ocorreu com as Farc. Os debates em Quito terão como países-garantidores Brasil, Chile, Cuba, Noruega e Venezuela, além do próprio Equador.
Com cerca de 1,5 mil militantes, o ELN só perde em tamanho para as Farc e é considerado um dos grupos guerrilheiros mais perigosos da Colômbia. Há cerca de três anos, há "conversas exploratórias" entre o governo e o grupo, mas agora os dois lados decidiram tornar esse debate "público".
Apesar de ter fechado o acordo de paz com as Farc e recebido o prêmio Nobel da Paz por isso, Santos não conseguiu fazer com que a população aprovasse o pacto em um referendo. Por este motivo, os dois lados voltaram à mesa de negociações - com a participação da oposição colombiana - para submeter o novo acordo a mais um referendo.
O ELN foi fundado em 1965 e é considerado o grupo que mais sequestra pessoas na Colômbia, tendo sua zona de atuação nas áreas petroleiras e mineradoras do país. O grupo já tentou fazer dois acordos de paz com o governo colombiano, mas ambas foram frustradas.
A primeira ocorreu durante o governo de César Gaviria, entre os anos de 1990 e 1994, e a outra durante o mandato de Álvaro Uribe, entre 2002 e 2010. Uribe, aliás, foi o principal líder do movimento contrário ao acordo de paz assinado com as Farc.
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