De Casteluccio a Norcia,as vilas que desapareceram com sismo
ROMA, 30 OUT (ANSA) - Montanhas de escombros onde se destacavam torres e pequenas igrejas, estradas panorâmicas que agora oferecem uma vista de desolação com cenários destruídos e casas desmoronadas.
Os constantes terremotos - que nesta última semana de outubro estão deixando um rastro de destruição e de desespero - estão mudando o visual da região central da Itália, de uma boa parte dos Apeninos.
E, momentaneamente, estão cancelando os itinerários turísticos conhecidos além das fronteiras italianas: a dramática foto da Basílica de São Benedito, em Norcia, caída e destruída rodou o mundo, tomando espaço em inúmeros sites de notícias internacionais.
O bairro Castelluccio de Norcia, famoso no mundo todo pelas lentilhas e procurado por estrangeiros para saltos de asa delta e de parapente, foi praticamente todo ao chão. "Mudou para sempre o panorama daquela zona aos pés do Monte Vettore", disse uma das testemunhas que viram o terremoto destruir tudo.
E assim como Castelluccio, coração do Parque Nacional dos Montes Sibillini, tantos outros "borgos" (como são chamadas as pequenas vilas italianas) da zona dos Apeninos de Úmbria, Marcas, Abruzzos e Lazio foram declarados inabitáveis pela Defesa Civil.
Foram pesadamente atingidos Castelsantangelo sul Nera, Visso, Ussita e Preci, todos situados ao redor dos epicentros dos dois fortes tremores do dia 26 de agosto, nas províncias de Perugia e Macerata.
As pequeninas e históricas vilas italianas terão muito o que fazer para tentar se recuperar. Em Tuscia, palco dos etruscos, foram registradas fendas, danos e quedas nos palácios históricos que datam de séculos atrás. Já Civita di Bagnoregio, conhecida como a "vila que está morrendo", registrou rachaduras em sua basílica enquanto em Nepi danos foram registrados no "palazzo comunale", sede do poder local.
Danos gravíssimos também foram registrados na igreja da Collegiata do borgo San Genesio, que teve danos graves também nos prédios públicos e nos monumentos que estavam lá há séculos representando a cultura, a memória e o ponto de referência da comunidade.
"Caiu tudo. Já não temos mais cidade", é a amarga constatação de Aleandro Petrucci, prefeito de Arquata del Tronto, na província de Ascoli Piceno, atingida por mais um terremoto intenso e destruidor.
"É um desastre! Um desatre!", lamentou o prefeito de Ussita, Marco Rinaldi. "Estamos em um estado lamentável [...] com o borgo destruído", lhe faz eco o prefeito de Pievetorina, na província de Macerata, Alessandro Gentilucci.
Vilarejos inteiros desapareceram apenas após poucos segundos em um terremoto que aumentará a lista das vilas "fantasma", como são conhecidas as localidades nas quais os moradores "fugiram" após calamidades. Além disso, a falta de atrativos e de condições para os cidadãos permanecerem no local também afastam os moradores.
Algumas delas ficaram famosas recentemente, quando prefeitos desesperados tentaram revitalizá-las colocando as casas - que precisam ser restauradas - à venda por apenas um euro. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Os constantes terremotos - que nesta última semana de outubro estão deixando um rastro de destruição e de desespero - estão mudando o visual da região central da Itália, de uma boa parte dos Apeninos.
E, momentaneamente, estão cancelando os itinerários turísticos conhecidos além das fronteiras italianas: a dramática foto da Basílica de São Benedito, em Norcia, caída e destruída rodou o mundo, tomando espaço em inúmeros sites de notícias internacionais.
O bairro Castelluccio de Norcia, famoso no mundo todo pelas lentilhas e procurado por estrangeiros para saltos de asa delta e de parapente, foi praticamente todo ao chão. "Mudou para sempre o panorama daquela zona aos pés do Monte Vettore", disse uma das testemunhas que viram o terremoto destruir tudo.
E assim como Castelluccio, coração do Parque Nacional dos Montes Sibillini, tantos outros "borgos" (como são chamadas as pequenas vilas italianas) da zona dos Apeninos de Úmbria, Marcas, Abruzzos e Lazio foram declarados inabitáveis pela Defesa Civil.
Foram pesadamente atingidos Castelsantangelo sul Nera, Visso, Ussita e Preci, todos situados ao redor dos epicentros dos dois fortes tremores do dia 26 de agosto, nas províncias de Perugia e Macerata.
As pequeninas e históricas vilas italianas terão muito o que fazer para tentar se recuperar. Em Tuscia, palco dos etruscos, foram registradas fendas, danos e quedas nos palácios históricos que datam de séculos atrás. Já Civita di Bagnoregio, conhecida como a "vila que está morrendo", registrou rachaduras em sua basílica enquanto em Nepi danos foram registrados no "palazzo comunale", sede do poder local.
Danos gravíssimos também foram registrados na igreja da Collegiata do borgo San Genesio, que teve danos graves também nos prédios públicos e nos monumentos que estavam lá há séculos representando a cultura, a memória e o ponto de referência da comunidade.
"Caiu tudo. Já não temos mais cidade", é a amarga constatação de Aleandro Petrucci, prefeito de Arquata del Tronto, na província de Ascoli Piceno, atingida por mais um terremoto intenso e destruidor.
"É um desastre! Um desatre!", lamentou o prefeito de Ussita, Marco Rinaldi. "Estamos em um estado lamentável [...] com o borgo destruído", lhe faz eco o prefeito de Pievetorina, na província de Macerata, Alessandro Gentilucci.
Vilarejos inteiros desapareceram apenas após poucos segundos em um terremoto que aumentará a lista das vilas "fantasma", como são conhecidas as localidades nas quais os moradores "fugiram" após calamidades. Além disso, a falta de atrativos e de condições para os cidadãos permanecerem no local também afastam os moradores.
Algumas delas ficaram famosas recentemente, quando prefeitos desesperados tentaram revitalizá-las colocando as casas - que precisam ser restauradas - à venda por apenas um euro. (ANSA)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.