Zuckerberg nega que Facebook tenha ajudado Trump na eleição
ROMA, 11 NOV (ANSA) - O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, negou que as notícias falsas divulgadas durante a campanha eleitoral norte-americana na rede social tenham ajudado na eleição de Donald Trump.
"A ideia de que as notícias falsas publicadas no Facebook tenham influenciado de alguma maneira nas eleições presidenciais é uma loucura. Se acham isso, então não entenderam a mensagem que os apoiadores de Trump quiseram mandar", disse Zuckerberg na conferência Technonomy, na Califórnia, nesta quinta-feira (11).
As acusações partiram de sites de monitoramento que informaram que as notícias falsas postadas na rede social tiveram um alcance muito maior do que as informações verdadeiras. Além disso, diversas pesquisas mostram que os norte-americanos estão considerando o Facebook como sua rede "primária" de informação, ou seja, usam a rede social para se informar sobre o que ocorre no mundo e formar sua opinião.
Segundo o fundador da plataforma, é inocente achar que só há notícias falsas sobre um dos candidatos e que as notícias postadas na rede social "são apenas uma quantidade muito pequena de conteúdo". Zuckerberg ainda minimizou a questão das "bolhas" de informação, que fazem com que os usuários vejam apenas opiniões semelhantes às suas, impedindo uma discussão saudável de pontos de vista diferentes.
"Os eleitores tomam suas decisões com base em suas experiências de vida. Você geralmente não se equivoca quando crê que as pessoas entendem o que é do seu interesse e o que é importante para elas", acrescentou.
Essa é a segunda vez que o Facebook é acusado de estar em um dos lados da eleição. No início do ano, internautas acusavam a rede de ser "anti-Trump" e de permitir publicações apenas pró-democratas. Por causa disso, o site "atualizou" seu algoritmo e diminuiu a presença humana na gestão dos trending topics, confiando apenas na tecnologia para definir as mais lidas. (ANSA)
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