ONU critica decisão de Trump de vetar refugiados
GENEBRA E WASHINGTON, 28 JAN (ANSA) - A Organização Internacional para as Migrações (OIM) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) criticaram a medida de Donald Trump de vetar a entrada de imigrantes e refugiados de sete países, predominantemente muçulmanos, por 120 dias nos Estados Unidos. Os sírios foram permanentemente proibidos de entrar no país.
As duas entidades, que são ligadas à ONU, emitiram uma nota em conjunto dizendo que esperam que "os Estados Unidos continuem a exercitar o seu papel forte de liderança" e a respeitar "a longa tradição de proteger aqueles que fogem de conflitos e perseguições".
"As necessidades dos refugiados e dos migrantes em todo o mundo nunca foram tão grandes e o programa de reinserção dos Estados Unidos é um dos mais importantes do mundo", ainda acrescentaram as instituições.
A OIM e a Acnur ainda ressaltaram que a "tradicional política dos Estados Unidos é de acolher os refugiados" e disseram que estão prontas para trabalhar com a nova administração norte-americana.
"Estamos firmemente convictos de que os refugiados devem receber a igualdade de tratamento nos termos de proteção e assistência, de oportunidades para a reinserção, independentemente de sua religião, nacionalidade ou raça", acrescenta a nota.
Quem também criticou ao medida foi o presidente do Irã, Hassan Rohani, que teve seu país atingido pela medida de Trump.
"Hoje é tempo de reconciliação e convivência, não de erguer muros entre nações. Parece que esqueceram a queda, anos atrás, do muro de Berlim. Se há paredes entre as nações, elas devem ser demolidas", disse Rohani sobre os muros "invisíveis" e aquele que Trump quer construir na fronteira com o México.
A Nobel da Paz de 2014, a jovem paquistanesa Malala Yousafzai, disse estar com o "coração partido" com a decisão tomada pelo presidente dos EUA.
"Me parte o coração ver que o presidente Trump fechou a porta para as crianças, as mães e aos pais que fogem da violência e da guerra. Me parte o coração ver que os Estados Unidos viram as costas a uma história gloriosa de acolhimento de refugiados e de imigrantes. A gente que ajudou a construir o seu país e que está pronta para trabalhar duramente em troca de uma oportunidade justa para uma nova vida", escreveu a ativista, que mora atualmente na Inglaterra.
Malala terminou sua fala dizendo que "me parte o coração ver que as crianças refugiadas sírias, que estão sofrendo há seis anos por uma guerra que não tem culpa, serão alvos de discriminação".
- Primeiros bloqueados e processo Um dia após o decreto de Trump, os aeroportos norte-americanos começaram a barrar imigrantes e refugiados dos países atingidos neste sábado (28). Segundo o jornal "The New York Times", entre os detidos no aeroporto de Nova York, estão dois refugiados iraquianos.
Hameed Khalid Darweesh, que trabalho para o governo norte-americano por 10 anos no Iraque, e Haider Sameer Abdulkhaled Alshawi, que estava indo aos EUA para encontrar sua esposa que trabalha para o governo de Washington, e seu filho.
Advogados já foram acionados no local e devem entrar com uma ação contra o presidente Trump.
Além deles, vários grupos que defendem os direitos humanos estão se preparando para abrir um processo coletivo contra a medida e iniciar uma batalha legal contra o presidente. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
As duas entidades, que são ligadas à ONU, emitiram uma nota em conjunto dizendo que esperam que "os Estados Unidos continuem a exercitar o seu papel forte de liderança" e a respeitar "a longa tradição de proteger aqueles que fogem de conflitos e perseguições".
"As necessidades dos refugiados e dos migrantes em todo o mundo nunca foram tão grandes e o programa de reinserção dos Estados Unidos é um dos mais importantes do mundo", ainda acrescentaram as instituições.
A OIM e a Acnur ainda ressaltaram que a "tradicional política dos Estados Unidos é de acolher os refugiados" e disseram que estão prontas para trabalhar com a nova administração norte-americana.
"Estamos firmemente convictos de que os refugiados devem receber a igualdade de tratamento nos termos de proteção e assistência, de oportunidades para a reinserção, independentemente de sua religião, nacionalidade ou raça", acrescenta a nota.
Quem também criticou ao medida foi o presidente do Irã, Hassan Rohani, que teve seu país atingido pela medida de Trump.
"Hoje é tempo de reconciliação e convivência, não de erguer muros entre nações. Parece que esqueceram a queda, anos atrás, do muro de Berlim. Se há paredes entre as nações, elas devem ser demolidas", disse Rohani sobre os muros "invisíveis" e aquele que Trump quer construir na fronteira com o México.
A Nobel da Paz de 2014, a jovem paquistanesa Malala Yousafzai, disse estar com o "coração partido" com a decisão tomada pelo presidente dos EUA.
"Me parte o coração ver que o presidente Trump fechou a porta para as crianças, as mães e aos pais que fogem da violência e da guerra. Me parte o coração ver que os Estados Unidos viram as costas a uma história gloriosa de acolhimento de refugiados e de imigrantes. A gente que ajudou a construir o seu país e que está pronta para trabalhar duramente em troca de uma oportunidade justa para uma nova vida", escreveu a ativista, que mora atualmente na Inglaterra.
Malala terminou sua fala dizendo que "me parte o coração ver que as crianças refugiadas sírias, que estão sofrendo há seis anos por uma guerra que não tem culpa, serão alvos de discriminação".
- Primeiros bloqueados e processo Um dia após o decreto de Trump, os aeroportos norte-americanos começaram a barrar imigrantes e refugiados dos países atingidos neste sábado (28). Segundo o jornal "The New York Times", entre os detidos no aeroporto de Nova York, estão dois refugiados iraquianos.
Hameed Khalid Darweesh, que trabalho para o governo norte-americano por 10 anos no Iraque, e Haider Sameer Abdulkhaled Alshawi, que estava indo aos EUA para encontrar sua esposa que trabalha para o governo de Washington, e seu filho.
Advogados já foram acionados no local e devem entrar com uma ação contra o presidente Trump.
Além deles, vários grupos que defendem os direitos humanos estão se preparando para abrir um processo coletivo contra a medida e iniciar uma batalha legal contra o presidente. (ANSA)
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