Cientistas usam LSD para descobrir efeito musical no cérebro
ROMA, 31 JAN (ANSA) - Um grupo de pesquisadores do Hospital Universitário de Psiquiatria em Zurique, na Suíça, recorreu ao uso da música junto com a droga LSD e um inibidor dos seus efeitos para descobrir como o cérebro atua perante as situações e momentos que as pessoas dão importância.
Publicado na revista Current Biology, o estudo dividiu 22 participantes em três grupos. No primeiro, foi utilizado placebo; no segundo, os voluntários tomaram LSD; e no terceiro foi usado uma combinação de LSD com cetanserina, droga antagonista dos receptores de serotonina. Além disso, as cobaias foram convidados a ouvir uma série de músicas, enquanto eram realizados os testes.
De acordo com a pesquisa, os participantes que estavam sob efeito do LSD, que altera a atuação do cérebro, fazendo com que as pessoas atribuam um maior significado às coisas e aos momentos, a ouvirem músicas que não tinham significado nenhum para eles, foram influenciados pela droga.
"Agora sabemos que os receptores, neurotransmissores e regiões do cérebro estão envolvidos quando percebemos nosso ambiente tão significativa e relevantemente", observa Katrin Preller, líder da pesquisa. Contudo, o mesmo não aconteceu nos participantes que tomaram a droga com cetanserina. Eles foram capazes de atribuir um significado às músicas que realmente lhes diziam algo, uma vez que a parte do cérebro responsável pelas emoções, memória e desejo se manteve intacta.
"Verificamos que a atribuição de significado pessoal e a sua modelação pelo LSD está mediada pelos receptores e pelas estruturas da linha média cortical, que também estão envolvidas de forma crucial na experiência de um sentido", acrescentou Preller.
Com as ressonâncias magnéticas também foi possível perceber que as células e regiões do cérebro estão envolvidas quando as pessoas olham para o ambiente como significativo e relevante.
De acordo com o estudo, pessoas com problemas psiquiátricos, que perdem a capacidade de atribuir relevância a momentos, pode encontrar no uso do LSD a oportunidade de ter prazer novamente.
Para os pesquisadores, a forma de atuação da droga pode ser, no futuro, um importante passo para os tratamentos e terapias psiquiátricas, uma vez que ajuda a compreender melhor a atuação do cérebro. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Publicado na revista Current Biology, o estudo dividiu 22 participantes em três grupos. No primeiro, foi utilizado placebo; no segundo, os voluntários tomaram LSD; e no terceiro foi usado uma combinação de LSD com cetanserina, droga antagonista dos receptores de serotonina. Além disso, as cobaias foram convidados a ouvir uma série de músicas, enquanto eram realizados os testes.
De acordo com a pesquisa, os participantes que estavam sob efeito do LSD, que altera a atuação do cérebro, fazendo com que as pessoas atribuam um maior significado às coisas e aos momentos, a ouvirem músicas que não tinham significado nenhum para eles, foram influenciados pela droga.
"Agora sabemos que os receptores, neurotransmissores e regiões do cérebro estão envolvidos quando percebemos nosso ambiente tão significativa e relevantemente", observa Katrin Preller, líder da pesquisa. Contudo, o mesmo não aconteceu nos participantes que tomaram a droga com cetanserina. Eles foram capazes de atribuir um significado às músicas que realmente lhes diziam algo, uma vez que a parte do cérebro responsável pelas emoções, memória e desejo se manteve intacta.
"Verificamos que a atribuição de significado pessoal e a sua modelação pelo LSD está mediada pelos receptores e pelas estruturas da linha média cortical, que também estão envolvidas de forma crucial na experiência de um sentido", acrescentou Preller.
Com as ressonâncias magnéticas também foi possível perceber que as células e regiões do cérebro estão envolvidas quando as pessoas olham para o ambiente como significativo e relevante.
De acordo com o estudo, pessoas com problemas psiquiátricos, que perdem a capacidade de atribuir relevância a momentos, pode encontrar no uso do LSD a oportunidade de ter prazer novamente.
Para os pesquisadores, a forma de atuação da droga pode ser, no futuro, um importante passo para os tratamentos e terapias psiquiátricas, uma vez que ajuda a compreender melhor a atuação do cérebro. (ANSA)
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