Itália bate recorde em pedidos de asilo e refúgio em 2016
ROMA, 31 JAN (ANSA) - A Itália voltou a registrar um recorde no pedido de asilos ou refúgios de imigrantes em 2016, com 123 mil solicitações, informou o presidente da Comissão Nacional para o Direito de Asilo, Angelo Trovato, nesta terça-feira (31).
O número é 41% maior do que o registrado em 2015 e segue apresentando alta desde 2013, quando a crise migratória começou a afetar a Itália. Há quatro anos, foram 26 mil pedidos, que aumentaram para 64 mil e 83 mil em 2014 e 2015, respectivamente.
Desse total, 105 mil foram apresentadas por homens e 11.656 foram solicitadas por menores de idade desacompanhados. Os nigerianos são os que mais pedem refúgio no país, representando 105 mil pedidos.
De acordo com Trovato, o alto fluxo de pedidos está fazendo com que o sistema "sofra" para normalizar a situação, já que as 28 seções de Comissão Territorial para Asilo estão enfrentando um "aumento de problemas, sobretudo onde é necessária a presença de homens da força policial".
"E assim ao invés de fazer de quatro a cinco audiências por dia, esse número caiu para três. Em 2017, já registramos uma queda de 10% nos pedidos examinados e isso é preocupante", acrescentou Trovato em uma sessão com parlamentares.
Trovato ainda informou que o status de refugiado foi concedido para 5% dos pedidos analisados, sendo que para 14% foi concedido o benefício da proteção subsidiária - um "nível" abaixo do status de refugiado, que permite a obtenção da autorização de residência na Itália durante três anos e ainda o direito de reunir a família que esteja fora do país.
Outros 21% receberam o direito ao asilo humanitário e 56% dos pedidos foram negados pelas autoridades italianas. Ainda de acordo com o presidente da comissão, o tempo médio de exame entre 2014 e 2016 foi de 257 dias, em um número que mostra uma aceleração do processo.
Em 2014, eram necessários 347 dias para a análise, em 2015 outros 261 dias e no ano passado cada solicitação demorava 163 dias para dar uma resposta.
"Somos o segundo país europeu, atrás da Alemanha, em número de pedidos examinados", concluiu Trovato.
Em 2016, a Itália voltou a ser o país europeu que mais recebeu imigrantes pela rota do Mar Mediterrâneo, tendo registrado a entrada de 181 mil pessoas. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O número é 41% maior do que o registrado em 2015 e segue apresentando alta desde 2013, quando a crise migratória começou a afetar a Itália. Há quatro anos, foram 26 mil pedidos, que aumentaram para 64 mil e 83 mil em 2014 e 2015, respectivamente.
Desse total, 105 mil foram apresentadas por homens e 11.656 foram solicitadas por menores de idade desacompanhados. Os nigerianos são os que mais pedem refúgio no país, representando 105 mil pedidos.
De acordo com Trovato, o alto fluxo de pedidos está fazendo com que o sistema "sofra" para normalizar a situação, já que as 28 seções de Comissão Territorial para Asilo estão enfrentando um "aumento de problemas, sobretudo onde é necessária a presença de homens da força policial".
"E assim ao invés de fazer de quatro a cinco audiências por dia, esse número caiu para três. Em 2017, já registramos uma queda de 10% nos pedidos examinados e isso é preocupante", acrescentou Trovato em uma sessão com parlamentares.
Trovato ainda informou que o status de refugiado foi concedido para 5% dos pedidos analisados, sendo que para 14% foi concedido o benefício da proteção subsidiária - um "nível" abaixo do status de refugiado, que permite a obtenção da autorização de residência na Itália durante três anos e ainda o direito de reunir a família que esteja fora do país.
Outros 21% receberam o direito ao asilo humanitário e 56% dos pedidos foram negados pelas autoridades italianas. Ainda de acordo com o presidente da comissão, o tempo médio de exame entre 2014 e 2016 foi de 257 dias, em um número que mostra uma aceleração do processo.
Em 2014, eram necessários 347 dias para a análise, em 2015 outros 261 dias e no ano passado cada solicitação demorava 163 dias para dar uma resposta.
"Somos o segundo país europeu, atrás da Alemanha, em número de pedidos examinados", concluiu Trovato.
Em 2016, a Itália voltou a ser o país europeu que mais recebeu imigrantes pela rota do Mar Mediterrâneo, tendo registrado a entrada de 181 mil pessoas. (ANSA)
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