'Erros' no DNA causam maioria das mutações do câncer
ROMA, 23 MAR (ANSA) - Um grupo de cientistas da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos, publicou um estudo com evidências de que "erros" imprevisíveis durante o processo de cópia do DNA são responsáveis por dois terços das mutações que podem levar ao desenvolvimento do câncer.
De acordo com a pesquisa publicada nesta quinta-feira (23) na revista "Science", a doença não está ligada a fatores ambientais ou de herança genética. Mas sim, a uma fração de mutações devido a erros aleatórios que ocorrem em 32 tipos de câncer.
"É conhecido que devemos evitar fatores ambientais, como fumar, para diminuir nosso risco de ter câncer. Não é tão conhecido, no entanto, que cada vez que uma célula normal se divide e copia seu DNA, pode gerar múltiplos erros", afirmou o italiano Cristian Tomasetti, professor da Johns Hopkins há 15 anos e um dos coordenadores do estudo.
"Esses erros de cópia são uma fonte potente de mutações de câncer que, historicamente, foram subestimadas pela ciência.
Esse novo trabalho fornece a primeira estimativa da fração de mutações causadas por esses erros", acrescentou.
O estudo é fundamentado em um modelo matemático que relaciona o sequencimento de DNA com dados epidemiológicos de todo o mundo.
"Agora nós incluímos esses dados e baseamos nossa análise sobre os dados de 69 países, que incluem a maioria da população do mundo", disse Tomasetti à ANSA.
De acordo com o italiano, "os resultados que obtivemos são essencialmente os mesmos e continuam a sugerir que existe uma forte correlação entre o número de divisões de células estaminais em um órgão e o risco de câncer".
Para ele, o estudo é "uma mudança de paradigma" no sentido de que até agora se pensava que as causas do câncer eram hereditárias, ambientais e mais de 60% desconhecidas. "Agora podemos dizer que as mutações aleatóriais são uma parte importante dos 60%", concluiu Tomasetti. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
De acordo com a pesquisa publicada nesta quinta-feira (23) na revista "Science", a doença não está ligada a fatores ambientais ou de herança genética. Mas sim, a uma fração de mutações devido a erros aleatórios que ocorrem em 32 tipos de câncer.
"É conhecido que devemos evitar fatores ambientais, como fumar, para diminuir nosso risco de ter câncer. Não é tão conhecido, no entanto, que cada vez que uma célula normal se divide e copia seu DNA, pode gerar múltiplos erros", afirmou o italiano Cristian Tomasetti, professor da Johns Hopkins há 15 anos e um dos coordenadores do estudo.
"Esses erros de cópia são uma fonte potente de mutações de câncer que, historicamente, foram subestimadas pela ciência.
Esse novo trabalho fornece a primeira estimativa da fração de mutações causadas por esses erros", acrescentou.
O estudo é fundamentado em um modelo matemático que relaciona o sequencimento de DNA com dados epidemiológicos de todo o mundo.
"Agora nós incluímos esses dados e baseamos nossa análise sobre os dados de 69 países, que incluem a maioria da população do mundo", disse Tomasetti à ANSA.
De acordo com o italiano, "os resultados que obtivemos são essencialmente os mesmos e continuam a sugerir que existe uma forte correlação entre o número de divisões de células estaminais em um órgão e o risco de câncer".
Para ele, o estudo é "uma mudança de paradigma" no sentido de que até agora se pensava que as causas do câncer eram hereditárias, ambientais e mais de 60% desconhecidas. "Agora podemos dizer que as mutações aleatóriais são uma parte importante dos 60%", concluiu Tomasetti. (ANSA)
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