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Presidente da Coreia do Sul presta depoimento por 9 horas

30/03/2017 09h51

SÃO PAULO, 30 MAR (ANSA) - A ex-presidente da Coreia do Sul Park Geun-hye, a primeira líder do país eleita democraticamente a ser retirada do poder por meio de um impeachment, prestou depoimento nesta quinta-feira, dia 30, um dia antes da Promotoria decidir se emitirá ou não um mandato de prisão à mandatária.   

Acusada de corrupção, abuso de poder, extorsão e difusão de documentos confidenciais, Park compareceu à audiência desta quinta-feira (30) e deixou a Corte do Distrito Central de Seul às 10h30 da manhã (no horário local) após nove horas.   

Após ser novamente interrogada, a ex-presidente foi encaminhada ao prédio vizinho, o da Procuradoria, onde ficará enquanto o juiz analisa as provas, evidências e argumentos para assim decidir se a ex-presidente deverá ser presa ou não. Segundo a empresa local, Park chegou ao tribunal na capital sul-coreana com uma face inexpressiva e não quis comentar o assunto com os jornalistas. De acordo com a defesa da ex-mandatária, Park é inocente e não realizou os atos de corrupção dos quais é acusada. Se a ex-líder for presa, a Procuradoria terá até 20 dias para colocá-la em um julgamento. Se esse for o caso, Park será a terceira presidente da história da Coreia do Sul a ser presa. Na última segunda-feira (27), o Ministério Público do país havia dito que pediu à corte de Seul analisar um pedido de prisão da ex-mandatária, afirmando que haveria uma audiência na próxima nesta quinta para decidir se o mandato seria concedido.   

Park está envolvida em um escândalo de corrupção envolvendo sua amiga e confidente, a empresária Choi Soon-sil. Os procuradores sul-coreanos já haviam examinando a possibilidade de emitir uma ordem de prisão contra a ex-presidente, que responde, ao todo, a 13 denúncias da Justiça do país.   

A Procuradoria sul-coreana afirmou que Park é "suspeita e cúmplice" de Choi em vários delitos da empresária, que aproveitava a influência que tinha com a mandatária para extorquir milhões de dólares de empresas do país e exercer poder em assuntos do governo, como nomeações. (ANSA)
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