Ataque dos EUA na Síria pode mudar rumo de conflito (2)
SÃO PAULO, 7 ABR (ANSA) - CONTINUAÇÃO - Motivos internos? Mas, por que Trump teria mudado sua postura de maneira tão rápida sobre um conflito? Apesar de concordar que ainda é cedo para entender todo o cenário, os especialistas afirmam que pode haver um componente interno na questão.
Desde que assumiu o cargo, Trump vem caindo na popularidade entre os norte-americanos e vem sendo criticado até mesmo por aliados.
Para o professor de relações econômicas internacionais da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Francisco Américo Cassano, a decisão de atacar um outro país o surpreendeu "tendo em vista que ele havia afirmado que não faria nenhuma interferência em outros países".
Cassano acredita que a ação militar de Trump foi uma "cortina de fumaça" para desviar o foco da "amizade" entre os presidentes de Rússia e EUA. "Eu acredito em cortina de fumaça porque, se isso não se confirmar isso e for uma atitude precipitada de Trump, aí realmente vamos confirmar que ele é um desequilibrado. E um presidente dos EUA desequilibrado é um perigo para a humanidade", acrescenta o professor.
Já Cortinhas acredita que é possível que o movimento tenha sido pensado em melhorar a imagem de Trump no curto prazo entre a opinião norte-americana.
"A gente pode trabalhar com a possibilidade de que o Trump tenha feito isso por razões domésticas. Ele está mostrando pra dentro um afastamento em relação à Rússia, querendo dizer que 'eu não obedeço aos russos', 'não devo nada aos russos', tomando decisões completamente autônomas. E nesse sentido, esse primeiro ataque cumpre essa missão, de passar esse recado interno", diz o especialista da UNB.
Para Sidney Leite, o ataque de ontem "foi muito bom para o Donald Trump".
"Primeiro, porque ele encontrou um motivo para entrar novamente no jogo, o discurso dele foi todo focado em ação humanitária - embora, na minha avaliação, a fala dele é totalmente incoerente com o que ele diz, com o que ele pratica e com que os Estados Unidos praticam já há algum tempo. Mas, ele recupera uma certa popularidade interna, que ele vinha perdendo por conta de sua desastrosa agenda que propôs para o país e que vem se mostrando ineficaz", diz o professor.
"Então, conjunturalmente, esse ataque de ontem, tira um pouco o foco interno, joga no foco externo em que ele aparece defendendo uma causa justa. Consequência de tudo isso é que a suposta relação de amizade decantada por ambos [Trump e Putin] se desmanchou no ar, ela não existe mais", finaliza.
No entanto, para Pomeranz, a mídia ocidental acaba "demonizando" Putin, vendo nele "intenções agressivas da Rússia".
"Com isto, aparentemente bastam 'convicções' de que dizem portadores as organizações de inteligência americana e os próceres ocidentais, para aceitar argumentos sem evidências ou provas mais concretas das acusações que são feitas, entre elas a de interferência das eleições americanas", acrescenta. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Desde que assumiu o cargo, Trump vem caindo na popularidade entre os norte-americanos e vem sendo criticado até mesmo por aliados.
Para o professor de relações econômicas internacionais da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Francisco Américo Cassano, a decisão de atacar um outro país o surpreendeu "tendo em vista que ele havia afirmado que não faria nenhuma interferência em outros países".
Cassano acredita que a ação militar de Trump foi uma "cortina de fumaça" para desviar o foco da "amizade" entre os presidentes de Rússia e EUA. "Eu acredito em cortina de fumaça porque, se isso não se confirmar isso e for uma atitude precipitada de Trump, aí realmente vamos confirmar que ele é um desequilibrado. E um presidente dos EUA desequilibrado é um perigo para a humanidade", acrescenta o professor.
Já Cortinhas acredita que é possível que o movimento tenha sido pensado em melhorar a imagem de Trump no curto prazo entre a opinião norte-americana.
"A gente pode trabalhar com a possibilidade de que o Trump tenha feito isso por razões domésticas. Ele está mostrando pra dentro um afastamento em relação à Rússia, querendo dizer que 'eu não obedeço aos russos', 'não devo nada aos russos', tomando decisões completamente autônomas. E nesse sentido, esse primeiro ataque cumpre essa missão, de passar esse recado interno", diz o especialista da UNB.
Para Sidney Leite, o ataque de ontem "foi muito bom para o Donald Trump".
"Primeiro, porque ele encontrou um motivo para entrar novamente no jogo, o discurso dele foi todo focado em ação humanitária - embora, na minha avaliação, a fala dele é totalmente incoerente com o que ele diz, com o que ele pratica e com que os Estados Unidos praticam já há algum tempo. Mas, ele recupera uma certa popularidade interna, que ele vinha perdendo por conta de sua desastrosa agenda que propôs para o país e que vem se mostrando ineficaz", diz o professor.
"Então, conjunturalmente, esse ataque de ontem, tira um pouco o foco interno, joga no foco externo em que ele aparece defendendo uma causa justa. Consequência de tudo isso é que a suposta relação de amizade decantada por ambos [Trump e Putin] se desmanchou no ar, ela não existe mais", finaliza.
No entanto, para Pomeranz, a mídia ocidental acaba "demonizando" Putin, vendo nele "intenções agressivas da Rússia".
"Com isto, aparentemente bastam 'convicções' de que dizem portadores as organizações de inteligência americana e os próceres ocidentais, para aceitar argumentos sem evidências ou provas mais concretas das acusações que são feitas, entre elas a de interferência das eleições americanas", acrescenta. (ANSA)
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