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Israel se recusa a negociar com palestinos em greve de fome

18/04/2017 11h54

TEL AVIV, 18 ABR (ANSA) - O governo de Israel anunciou nesta terça-feira (18) que não pretende negociar com os cerca de 1,3 mil detentos ligados ao Fatah, principal facção da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que estão em greve de fome desde a última segunda (17).   

O protesto é liderado pelo dirigente do movimento Marwan Barghouti, que cumpre pena de prisão perpétua, e tem como objetivo obter melhorias nas condições de vida nas penitenciárias israelenses.   

Segundo a imprensa local, a manifestação foi batizada de "A batalha dos estômagos vazios". "Trata-se de uma greve política e injustificável", declarou o ministro de Segurança Pública de Israel, Gilad Erdan, em entrevista à "Rádio Militar".   

Além disso, as autoridades carcerárias colocaram Barghouti em regime de isolamento em uma cadeia no norte do país e designaram um hospital para internar os detentos quando eles precisarem de atendimento médico. Caso corram risco de morrer, os grevistas poderão ser alimentados contra sua vontade.   

Os membros do Fatah exigem que seus familiares possam visitá-los na prisão mais vezes e por mais tempo, exames médicos constantes e aprofundados, tratamentos gratuitos, mais canais na televisão e participação em cursos educativos.   

Segundo dados da Autoridade Nacional Palestina (ANP), existem cerca de 6,5 mil prisioneiros palestinos em Israel, sendo que 300 têm menos de 18 anos e 478 cumprem pena perpétua. O Hamas também expressou apoio à greve de fome, mas não ordenou a seus membros encarcerados que participem do movimento.   

Já o presidente da ANP e líder do Fatah, Mahmoud Abbas, pediu uma intervenção internacional em favor de seus correligionários.   

(ANSA)
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