Presidente do Paraguai desiste de tentar reeleição
ROMA, 18 ABR (ANSA) - O presidente do Paraguai, Horacio Cartes, anunciou que não será candidato à reeleição no pleito marcado para 2018.
A desistência chega menos de um mês depois dos protestos em Assunção contra uma emenda constitucional aprovada pelo Senado que permite que o presidente concorra a um segundo mandato. O anúncio foi feito por meio de uma carta enviada por Cartes ao bispo da capital paraguaia, Edmundo Valenzuela, que havia pedido que os políticos respeitassem a Constituição.
"Espero que esse gesto de renúncia sirva para aprofundar o diálogo dirigido ao fortalecimento institucional da República, em convivência harmônica entre os paraguaios", declarou o chefe de Estado. Contudo, sua legenda, o conservador Partido Colorado, promete prosseguir com o projeto, que ainda precisa da aprovação da Câmara e do povo, por meio de um referendo.
A medida também beneficiaria o ex-presidente Fernando Lugo, deposto por um impeachment em 2012, mas o aval dado pelo Senado em 21 de março desencadeou uma série de manifestações em Assunção, encabeçadas pelo Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), de oposição.
Na ocasião, membros da legenda invadiram a sede do Congresso e atearam fogo em objetos, e um manifestante, Rodrigo Quintana, de 25 anos, foi morto pela Polícia. Em outubro passado, Cartes já havia renunciado à ideia da reeleição, mas poucos meses depois seu governo acabou patrocinando o projeto para mudar a Constituição.
Até o papa Francisco chegou a se envolver na crise, pedindo para os paraguaios "evitarem qualquer violência" e buscarem "soluções políticas". (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
A desistência chega menos de um mês depois dos protestos em Assunção contra uma emenda constitucional aprovada pelo Senado que permite que o presidente concorra a um segundo mandato. O anúncio foi feito por meio de uma carta enviada por Cartes ao bispo da capital paraguaia, Edmundo Valenzuela, que havia pedido que os políticos respeitassem a Constituição.
"Espero que esse gesto de renúncia sirva para aprofundar o diálogo dirigido ao fortalecimento institucional da República, em convivência harmônica entre os paraguaios", declarou o chefe de Estado. Contudo, sua legenda, o conservador Partido Colorado, promete prosseguir com o projeto, que ainda precisa da aprovação da Câmara e do povo, por meio de um referendo.
A medida também beneficiaria o ex-presidente Fernando Lugo, deposto por um impeachment em 2012, mas o aval dado pelo Senado em 21 de março desencadeou uma série de manifestações em Assunção, encabeçadas pelo Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), de oposição.
Na ocasião, membros da legenda invadiram a sede do Congresso e atearam fogo em objetos, e um manifestante, Rodrigo Quintana, de 25 anos, foi morto pela Polícia. Em outubro passado, Cartes já havia renunciado à ideia da reeleição, mas poucos meses depois seu governo acabou patrocinando o projeto para mudar a Constituição.
Até o papa Francisco chegou a se envolver na crise, pedindo para os paraguaios "evitarem qualquer violência" e buscarem "soluções políticas". (ANSA)
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