Corte livra Berlusconi e declara crime de corrupção prescrito
NÁPOLES, 20 ABR (ANSA) - A segunda seção da Corte de Apelação de Nápoles declarou nesta quinta-feira (20) a prescrição do crime de corrupção pelo qual o ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi havia sido condenado a três anos de cadeia em primeira instância.
Após uma deliberação de 3h30, os juízes do tribunal reconheceram ser "subsistente" a hipótese de delito imputada ao ex-premier, mas acolheram o pedido da própria procuradora do caso, Simona Di Monte, para considerar o crime prescrito.
Em primeiro grau, o Tribunal de Nápoles havia sentenciado Berlusconi a três anos de reclusão por ter subornado senadores - com destaque para Sergio De Gregorio - para que eles deixassem a base aliada do então primeiro-ministro Romano Prodi e derrubassem seu governo, o que efetivamente ocorreu em maio de 2008.
Segundo Di Monte, o ex-Cavaliere investiu milhões de euros para "comprar" senadores de centro-esquerda e tirar Prodi do poder.
De Gregorio, que na época enfrentava dificuldades financeiras, teria aceitado o suborno e recebido 3 milhões. De acordo com a denúncia, os pagamentos eram feitos pelo jornalista Valter Lavitola, ex-braço direito de Berlusconi e condenado em primeira instância a três anos de prisão - ele também foi beneficiado pela prescrição.
"A operação foi parida por Lavitola em acordo com Berlusconi", declarou Di Monte. De Gregorio pertencia ao partido centro-esquerdista Itália dos Valores (IDV), fundado pelo promotor da operação Mãos Limpas Antonio Di Pietro e que integrava a base aliada de Prodi.
Segundo a defesa de Berlusconi, a decisão do então senador de abandonar o IDV para se juntar à centro-direita se deveu a "impossibilidades de convivência" com Di Pietro, que hoje está afastado da política. Além disso, os advogados do ex-primeiro-ministro alegam que De Gregorio sempre teve "simpatia" por ele.
Aos 80 anos, Berlusconi está inelegível até 2019 devido a uma sentença definitiva por fraude fiscal, caso que levou à cassação do seu mandato de senador. Por conta da condenação, ele foi obrigado a realizar um ano de serviços sociais em um asilo, pena encerrada no início de 2015.
O ex-premier também quase foi preso por causa de uma acusação de prostituição de menores e abuso de poder, mas acabou absolvido pela Corte de Cassação de Roma, e ainda responde a processo por corrupção do sistema judiciário. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Após uma deliberação de 3h30, os juízes do tribunal reconheceram ser "subsistente" a hipótese de delito imputada ao ex-premier, mas acolheram o pedido da própria procuradora do caso, Simona Di Monte, para considerar o crime prescrito.
Em primeiro grau, o Tribunal de Nápoles havia sentenciado Berlusconi a três anos de reclusão por ter subornado senadores - com destaque para Sergio De Gregorio - para que eles deixassem a base aliada do então primeiro-ministro Romano Prodi e derrubassem seu governo, o que efetivamente ocorreu em maio de 2008.
Segundo Di Monte, o ex-Cavaliere investiu milhões de euros para "comprar" senadores de centro-esquerda e tirar Prodi do poder.
De Gregorio, que na época enfrentava dificuldades financeiras, teria aceitado o suborno e recebido 3 milhões. De acordo com a denúncia, os pagamentos eram feitos pelo jornalista Valter Lavitola, ex-braço direito de Berlusconi e condenado em primeira instância a três anos de prisão - ele também foi beneficiado pela prescrição.
"A operação foi parida por Lavitola em acordo com Berlusconi", declarou Di Monte. De Gregorio pertencia ao partido centro-esquerdista Itália dos Valores (IDV), fundado pelo promotor da operação Mãos Limpas Antonio Di Pietro e que integrava a base aliada de Prodi.
Segundo a defesa de Berlusconi, a decisão do então senador de abandonar o IDV para se juntar à centro-direita se deveu a "impossibilidades de convivência" com Di Pietro, que hoje está afastado da política. Além disso, os advogados do ex-primeiro-ministro alegam que De Gregorio sempre teve "simpatia" por ele.
Aos 80 anos, Berlusconi está inelegível até 2019 devido a uma sentença definitiva por fraude fiscal, caso que levou à cassação do seu mandato de senador. Por conta da condenação, ele foi obrigado a realizar um ano de serviços sociais em um asilo, pena encerrada no início de 2015.
O ex-premier também quase foi preso por causa de uma acusação de prostituição de menores e abuso de poder, mas acabou absolvido pela Corte de Cassação de Roma, e ainda responde a processo por corrupção do sistema judiciário. (ANSA)
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