Renzi pede para partido governista apoiar nova lei eleitoral
ROMA, 30 MAI (ANSA) - O secretário-geral do Partido Democrático (PD), Matteo Renzi, abriu os trabalhos da reunião com a nova diretoria da sigla nesta terça-feira (30) e pediu para que os membros do PD apoiem o projeto da nova lei eleitoral.
"Quando votaremos? Não é um problema a ser discutido agora. A pergunta certa é 'quando votaremos a lei eleitoral?' e eu respondo que será na primeira semana de julho", disse aos correligionários - afastando qualquer hipótese de tirar o apoio ao seu sucessor no cargo de premier, Paolo Gentiloni.
Pela primeira vez em meses, os maiores partidos italianos - PD, Movimento Cinco Estrelas (M5S), Força Itália (FI) e Liga Norte - aparentam estar entrando em um consenso sobre qual sistema adotar para as eleições, que estão marcadas para 2018. O modelo "escolhido" seria um semelhante ao que existe na Alemanha, com algumas alterações para a vida política na Itália.
"Estou contente com a nova lei? Não, não é a minha lei, mas quero registrar uma significativa convergência entre FI, M5S, a Esquerda de Fratoianni e também a Liga sobre o sistema alemão e seus elementos imutáveis, o corte de 5% e o nome escrito na cédula. Nós queremos isso porque aceitamos um tipo de pacificação institucional com 80% dos partidos italianos", acrescentou.
Para Renzi, o apoio do PD a nova lei é fundamental para "mostrar a nossa seriedade de oferecer ao país um sistema que tenha o mais amplo consenso possível".
- O novo modelo: Atualmente, a Itália tem dois modelos eleitorais: um para Câmara dos Deputados (proporcional com prêmio de maioria) e outro para o Senado (proporcional puro). Isso aconteceu porque o então premier Renzi teve sua proposta de mudança constitucional rejeitada pelos italianos em dezembro do ano passado.
Naquele modelo, o bicameralismo paritário seria superado, com a Câmara com mais "poderes", como derrubar um premier, por exemplo, e o Senado com outras funções.
Com a derrota de Renzi - e sua renúncia - começaram os debates sobre qual deveria ser a lei eleitoral a ser adotada no país, com dezenas de sugestões. Por conta dessa situação, o presidente do país, Sergio Mattarella, que tem o poder de convocar as novas eleições informou que não iria fazer isso até que as duas Casas tivessem a mesma lei para o pleito.
Entre as dezenas de sugestões, começou a ganhar força nas últimas semanas a adoção do "modelo alemão" para o país.
Nesse sistema, os eleitores têm à disposição dois votos: no primeiro, escolhem um único candidato dentro do próprio distrito, e quem terminar em primeiro é eleito; no segundo, optam por uma lista ou partido. É por meio desse último que é definida a composição do Parlamento, ou seja, se uma legenda obtiver 30% dos votos, terá também 30% das cadeiras no Bundestag. No entanto existe a possibilidade de o primeiro voto eleger mais deputados do que a proporção obtida por determinado partido. Quando isso acontece, todas as outras legendas também ganham direito a mais uma cadeira, de modo a manter a proporção definida pelo segundo voto. Sendo assim, o número de deputados na Alemanha não é fixo. Na Itália, a Constituição impede que a quantidade de parlamentes seja flexível, então o modelo precisaria ser adaptado. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
"Quando votaremos? Não é um problema a ser discutido agora. A pergunta certa é 'quando votaremos a lei eleitoral?' e eu respondo que será na primeira semana de julho", disse aos correligionários - afastando qualquer hipótese de tirar o apoio ao seu sucessor no cargo de premier, Paolo Gentiloni.
Pela primeira vez em meses, os maiores partidos italianos - PD, Movimento Cinco Estrelas (M5S), Força Itália (FI) e Liga Norte - aparentam estar entrando em um consenso sobre qual sistema adotar para as eleições, que estão marcadas para 2018. O modelo "escolhido" seria um semelhante ao que existe na Alemanha, com algumas alterações para a vida política na Itália.
"Estou contente com a nova lei? Não, não é a minha lei, mas quero registrar uma significativa convergência entre FI, M5S, a Esquerda de Fratoianni e também a Liga sobre o sistema alemão e seus elementos imutáveis, o corte de 5% e o nome escrito na cédula. Nós queremos isso porque aceitamos um tipo de pacificação institucional com 80% dos partidos italianos", acrescentou.
Para Renzi, o apoio do PD a nova lei é fundamental para "mostrar a nossa seriedade de oferecer ao país um sistema que tenha o mais amplo consenso possível".
- O novo modelo: Atualmente, a Itália tem dois modelos eleitorais: um para Câmara dos Deputados (proporcional com prêmio de maioria) e outro para o Senado (proporcional puro). Isso aconteceu porque o então premier Renzi teve sua proposta de mudança constitucional rejeitada pelos italianos em dezembro do ano passado.
Naquele modelo, o bicameralismo paritário seria superado, com a Câmara com mais "poderes", como derrubar um premier, por exemplo, e o Senado com outras funções.
Com a derrota de Renzi - e sua renúncia - começaram os debates sobre qual deveria ser a lei eleitoral a ser adotada no país, com dezenas de sugestões. Por conta dessa situação, o presidente do país, Sergio Mattarella, que tem o poder de convocar as novas eleições informou que não iria fazer isso até que as duas Casas tivessem a mesma lei para o pleito.
Entre as dezenas de sugestões, começou a ganhar força nas últimas semanas a adoção do "modelo alemão" para o país.
Nesse sistema, os eleitores têm à disposição dois votos: no primeiro, escolhem um único candidato dentro do próprio distrito, e quem terminar em primeiro é eleito; no segundo, optam por uma lista ou partido. É por meio desse último que é definida a composição do Parlamento, ou seja, se uma legenda obtiver 30% dos votos, terá também 30% das cadeiras no Bundestag. No entanto existe a possibilidade de o primeiro voto eleger mais deputados do que a proporção obtida por determinado partido. Quando isso acontece, todas as outras legendas também ganham direito a mais uma cadeira, de modo a manter a proporção definida pelo segundo voto. Sendo assim, o número de deputados na Alemanha não é fixo. Na Itália, a Constituição impede que a quantidade de parlamentes seja flexível, então o modelo precisaria ser adaptado. (ANSA)
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