May garante apoio de unionistas da Irlanda do Norte
LONDRES, 26 JUN (ANSA) - Após mais de duas semanas de impasse, a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, anunciou nesta segunda-feira (26) um acordo com o Partido Unionista-Democrático (DUP) para dar sustentação a seu novo governo.
Nas eleições gerais antecipadas de 8 de junho, o Partido Conservador, liderado pela premier, conquistara apenas 317 cadeiras na Câmara dos Comuns, número insuficiente para ter maioria no Parlamento. Por isso, teve de buscar o apoio do DUP, única sigla disposta a negociar com May.
"Os dois partidos compartilham muitos valores", declarou a primeira-ministra britânica. O Partido Unionista-Democrático é uma legenda da Irlanda do Norte de caráter fortemente eurocético, nacionalista e populista e se opõe ao casamento gay e ao aborto.
A primeira prova da nova aliança acontecerá nos próximos dias, quando a Câmara dos Comuns votará o discurso feito pela rainha Elizabeth II na semana passada, no qual ela apresentou o programa do governo May.
Com o apoio do DUP, a premier passa a contar com 327 dos 650 assentos na Casa, apenas um a mais que o número necessário para ter maioria, algo que pode provocar instabilidade em seu governo. "O acordo não é do interesse nacional, mas apenas um modo de May permanecer agarrada ao poder", declarou o líder da oposição, Jeremy Corbyn, do Partido Trabalhista.
O pacto entre conservadores e unionistas prevê um pacote econômico de 1,5 bilhão de libras esterlinas para a Irlanda do Norte.
Brexit - Nesta segunda-feira, a primeira-ministra também apresentou um documento de 15 páginas com as diretrizes para os cidadãos europeus que quiserem permanecer no Reino Unido após o "divórcio" da União Europeia.
Segundo a proposta do governo, a partir da "data de separação", que ainda não foi definida, os cerca de 3 milhões de cidadãos comunitários que vivem no país terão de pedir um "status especial". Essa condição dará direitos equiparados aos dos britânicos e garantirá acesso aos sistemas de saúde e previdenciário.
Quem estiver morando no Reino Unido por pelo menos cinco anos antes dessa data terá 24 meses para fazer a solicitação. Já o restante ganhará uma permissão temporária enquanto espera a conclusão dos cinco anos necessários para pedir o "status especial".
Os que chegarem após o "Brexit" terão de seguir as novas regras para europeus, ainda não definidas. No entanto o "status especial" só entrará em vigor com base na reciprocidade, ou seja, beneficiará apenas cidadãos de países da UE que oferecerem o mesmo tratamento aos britânicos. "Queremos tranquilizar todos os cidadãos europeus que residem legalmente no Reino Unido sobre o fato de que queremos que eles continuem aqui", afirmou a primeira-ministra. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Nas eleições gerais antecipadas de 8 de junho, o Partido Conservador, liderado pela premier, conquistara apenas 317 cadeiras na Câmara dos Comuns, número insuficiente para ter maioria no Parlamento. Por isso, teve de buscar o apoio do DUP, única sigla disposta a negociar com May.
"Os dois partidos compartilham muitos valores", declarou a primeira-ministra britânica. O Partido Unionista-Democrático é uma legenda da Irlanda do Norte de caráter fortemente eurocético, nacionalista e populista e se opõe ao casamento gay e ao aborto.
A primeira prova da nova aliança acontecerá nos próximos dias, quando a Câmara dos Comuns votará o discurso feito pela rainha Elizabeth II na semana passada, no qual ela apresentou o programa do governo May.
Com o apoio do DUP, a premier passa a contar com 327 dos 650 assentos na Casa, apenas um a mais que o número necessário para ter maioria, algo que pode provocar instabilidade em seu governo. "O acordo não é do interesse nacional, mas apenas um modo de May permanecer agarrada ao poder", declarou o líder da oposição, Jeremy Corbyn, do Partido Trabalhista.
O pacto entre conservadores e unionistas prevê um pacote econômico de 1,5 bilhão de libras esterlinas para a Irlanda do Norte.
Brexit - Nesta segunda-feira, a primeira-ministra também apresentou um documento de 15 páginas com as diretrizes para os cidadãos europeus que quiserem permanecer no Reino Unido após o "divórcio" da União Europeia.
Segundo a proposta do governo, a partir da "data de separação", que ainda não foi definida, os cerca de 3 milhões de cidadãos comunitários que vivem no país terão de pedir um "status especial". Essa condição dará direitos equiparados aos dos britânicos e garantirá acesso aos sistemas de saúde e previdenciário.
Quem estiver morando no Reino Unido por pelo menos cinco anos antes dessa data terá 24 meses para fazer a solicitação. Já o restante ganhará uma permissão temporária enquanto espera a conclusão dos cinco anos necessários para pedir o "status especial".
Os que chegarem após o "Brexit" terão de seguir as novas regras para europeus, ainda não definidas. No entanto o "status especial" só entrará em vigor com base na reciprocidade, ou seja, beneficiará apenas cidadãos de países da UE que oferecerem o mesmo tratamento aos britânicos. "Queremos tranquilizar todos os cidadãos europeus que residem legalmente no Reino Unido sobre o fato de que queremos que eles continuem aqui", afirmou a primeira-ministra. (ANSA)
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