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Após saídas, Trump estuda novas trocas em seu governo

29/07/2017 14h45

NOVA YORK, 29 JUL (ANSA) - Após ter perdido dois membros do alto escalão de sua equipe em uma semana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, parece cada vez mais disposto a fechar o cerco contra aqueles que não considera totalmente comprometidos com seu governo.   

E, segundo a imprensa norte-americana, novas trocas podem ocorrer em breve. O primeiro na lista seria o procurador-geral Jeff Sessions, já criticado publicamente pelo mandatário por sua decisão de se abster das investigações sobre a suposta interferência da Rússia nas eleições de 2016.   

A decisão de Sessions de não interferir no inquérito, embora o papel de liderá-lo lhe coubesse, foi tomada após a revelação de que ele se reunira com o embaixador russo em Washington, Sergey Kislyak, antes da vitória de Trump sobre Hillary Clinton.   

Outro que estaria na corda bamba é o secretário de Defesa Jim Mattis, que discorda do presidente em vários temas e é acusado de tê-lo deixado "no escuro" sobre a proibição contra pessoas transgênero nas Forças Armadas, mantida por Trump. A decisão de não revogar o veto gerou críticas entre os próprios militares.   

Até mesmo o secretário de Estado Rex Tillerson estaria em risco, principalmente por discordâncias sobre a "independência" da função em relação à Casa Branca. No fim da semana passada, o republicano já perdera seu porta-voz, Sean Spicer, que renunciou por conta da nomeação de Anthony Scaramucci como diretor de Comunicação do governo.   

Esse mesmo Scaramucci seria o estopim para outra saída, a de Reince Priebus do cargo de chefe de Gabinete. Em entrevistas, o diretor de Comunicação chamou Priebus de "paranoico esquizofrênico" e o acusou de vazar informações à imprensa.   

Em meio a todas essas crises, Trump tenta angariar apoio dentro do Partido Republicano de outras formas. Na noite de sexta-feira (28), a Casa Branca garantiu que ele assinará o projeto que abre caminho para novas sanções contra a Rússia, aprovado por ampla maioria no Congresso. (ANSA)
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