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C. Ronaldo diz que 'nunca teve intenção' de fraudar impostos

31/07/2017 12h16

MADRI, 31 JUL (ANSA) - A defesa do jogador português Cristiano Ronaldo divulgou um comunicado oficial nesta segunda-feira (31) após o craque prestar depoimento à Justiça por supostamente ter cometido uma fraude fiscal de 14,7 milhões de euros.   


"A Fazenda espanhola conhece os detalhes de todas as minhas movimentações porque nós sempre entregamos. Jamais ocultei nada, nem tive a intenção de evadir impostos", diz o jogador na nota oficial.   


"Sempre faço minhas declarações de impostos de maneira voluntária porque acredito que todos temos que declarar e pagar impostos de acordo com nossos recebimentos. Quem me conhece sabe o que peço aos meus assessores: que façam tudo em dia e corretamente pago porque não quero problemas", afirma ainda o astro do Real Madrid.   


Ronaldo depôs por cerca de uma hora e meia nesta segunda e saiu do tribunal sem falar com os jornalistas. Ele respondeu as perguntas dos magistrados, que o acusam de esconder do Fisco cerca de 150 milhões de euros em dinheiro recebido por acordos publicitários entre 2011 e 2014.   


Em um dos vídeos divulgados do depoimento, CR7 chega a afirmar que "tudo isto está acontecendo porque eu sou Cristiano Ronaldo" e que não fez nada de irregular.   


"Quando fui contratado pelo Real Madrid, não criei nenhuma estrutura especial para gerir meus direitos de imagem e mantive aqueles que geriam quando estava na Inglaterra", destaca em outro ponto do comunicado.   


A defesa informa, após essa frase do jogador, que a estrutura empresarial do português para a gestão dos direitos de imagem "é igual no período de 2010-2014 a existente entre 2004 e 2009, com apenas duas diferenças".   


"Saiu uma empresa inglesa, desnecessária porque ele não residia mais naquele país, e se assegurou de cobrar a totalidade dos direitos de imagens pessoalmente enquanto residente na Espanha, para pagar os impostos espanhóis", escreve ainda.   


O documento, então, descreve termos técnicos dos acordos e da gestão do dinheiro já na Espanha.   


"Esse é o momento de deixar a Justiça trabalhar. Eu acredito na justiça e espero que, também nesse caso, haja uma decisão justa.   


E com o fim de evitar pressões desnecessárias ou de contribuir para um juízo paralelo, decidi que não voltarei a fazer declarações sobre esse assunto até que se produza a decisão judicial", finaliza o jogador. (ANSA)
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