Supremo rejeita processar Tony Blair por guerra no Iraque
LONDRES, 31 JUL (ANSA) - A Alta Corte do Reino Unido rejeitou nesta segunda-feira (31) um pedido de abertura de processo contra o ex-primeiro-ministro Tony Blair pela invasão e pela consequente guerra no Iraque.
O ex-general iraquiano Abdul Wahed Shannan Al Rabbat havia entrado com a ação acusando Blair de "crime de agressão" ao invadir o país. No entanto, o termo usado não existe na justiça britânica e o Supremo ratificou a decisão de um tribunal de Westminster de não dar andamento ao processo.
Segundo os dois juízes que analisaram o caso, o "crime de agressão foi recentemente incorporado na lei internacional, mas não pode ser aplicado retroativamente".
O Reino Unido, ao lado dos Estados Unidos, invadiram o Iraque em 2003 sob o pretexto de que o então ditador Saddam Hussein possuía um arsenal de armas de destruição de massa. No entanto, durante a ação que seguiu até 2011, nada foi encontrado no território iraquiano.
Em julho do ano passado, o relatório Chilcot (que tem o nome do autor, John Chilcot) - que levou sete anos para ser concluído - destacou que as informações sobre as supostas armas de Hussein eram falsas e que o governo de Blair não esgotou todas as vias diplomáticas antes de decidir iniciar uma guerra.
"Em março de 2013 não havia nenhuma ameaça iminente de Saddam Hussein. A ação militar não era a última opção", informou Chilcot no documento. Ele ainda disse que os dados usados por Londres e Washington eram "imperfeitos" e foram levados adiante de "maneira totalmente inadequada".
Ao todo, 179 soldados britânicos morreram no conflito. Diversos analistas apontam ainda a guerra do Iraque como a principal responsável pelas recentes guerras no Oriente Médio e uma das responsáveis indiretas pelo surgimento do grupo terrorista Estado Islâmico (EI). (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
O ex-general iraquiano Abdul Wahed Shannan Al Rabbat havia entrado com a ação acusando Blair de "crime de agressão" ao invadir o país. No entanto, o termo usado não existe na justiça britânica e o Supremo ratificou a decisão de um tribunal de Westminster de não dar andamento ao processo.
Segundo os dois juízes que analisaram o caso, o "crime de agressão foi recentemente incorporado na lei internacional, mas não pode ser aplicado retroativamente".
O Reino Unido, ao lado dos Estados Unidos, invadiram o Iraque em 2003 sob o pretexto de que o então ditador Saddam Hussein possuía um arsenal de armas de destruição de massa. No entanto, durante a ação que seguiu até 2011, nada foi encontrado no território iraquiano.
Em julho do ano passado, o relatório Chilcot (que tem o nome do autor, John Chilcot) - que levou sete anos para ser concluído - destacou que as informações sobre as supostas armas de Hussein eram falsas e que o governo de Blair não esgotou todas as vias diplomáticas antes de decidir iniciar uma guerra.
"Em março de 2013 não havia nenhuma ameaça iminente de Saddam Hussein. A ação militar não era a última opção", informou Chilcot no documento. Ele ainda disse que os dados usados por Londres e Washington eram "imperfeitos" e foram levados adiante de "maneira totalmente inadequada".
Ao todo, 179 soldados britânicos morreram no conflito. Diversos analistas apontam ainda a guerra do Iraque como a principal responsável pelas recentes guerras no Oriente Médio e uma das responsáveis indiretas pelo surgimento do grupo terrorista Estado Islâmico (EI). (ANSA)
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