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Trump pode conceder perdão a xerife que perseguia imigrantes

23/08/2017 08h21

WASHINGTON, 23 AGO (ANSA) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizou nesta terça-feira (22) que pode conceder uma "graça" ao ex-xerife Joe Arpaio, 85 anos, preso por perseguir e dar um "duro tratamento" aos imigrantes ilegais.   

"Eu vou fazer um previsão. Eu acho que ele apenas ficará bem, ok? Mas, não vou fazer isso essa noite porque eu não quero causar controvérsias. Está certo? Claro? Mas, o xerife Joe pode se sentir bem", disse ao público durante um discurso feito em Phoenix, Arizona.   

Apoiador "fervoroso" de Trump, Arpaio foi condenado no último mês por um juiz federal por não respeitar uma ordem judicial, emitida por outro magistrado, de parar de perseguir os imigrantes ilegais, especialmente, latinos.   

Além de organizar grupos ilegais, ele ainda foi condenado por perseguir pessoas que trabalhavam com ele e tinham opinião diferente sobre os procedimentos legais durante os 24 anos que ficou no comando policial da cidade.   

Caso seja concedido o perdão, Trump poderá ter problemas tanto com a comunidade latina nos Estados Unidos como também, mais uma vez, com os juízes federais norte-americanos por "bater de frente" com a Justiça do país.   

Além de defender Arpaio, o magnata voltou a afirmar que construirá o muro na fronteira com o México e foi ovacionado por seus apoiadores. O estado do Arizona é um dos que ficam na área fronteiriça com o país vizinho.   

O republicano fez um comício inflamado contra a imprensa, dizendo que as emissoras norte-americanas foram "desonestas" sobre sua condenação contra as manifestações de supremacistas brancos e racistas em Charlottesville.   

"Eu condenei os neonazistas, os supremacistas brancos e o KKK [Ku Klux Kan], mas a mídia não relatou isso. A mídia pode me atacar, mas colocarei limites quando ela atacar vocês", disse ainda ao público.   

O presidente foi duramente criticado nos Estados Unidos por não citar os grupos nos primeiros pronunciamentos que fez sobre o conflito no protesto e por dizer que a morte uma jovem, que foi se manifestar contrariamente aos grupos racistas, foi culpa "dos dois lados".   

- Confrontos: Se dentro do estádio onde Trump discursou o clima era de apoio total, do lado de fora dezenas de pessoas que foram protestar contra o mandatário causaram confusão com a polícia.   

Os agentes dispararam bombas de gás e usaram spray de pimenta contra os jovens que atiravam pedras e garrafas nos agentes.   

Apesar da confusão, ninguém foi preso. (ANSA)
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