Amatrice denuncia que não recebeu parte de verba pós-tremor
RIETI, 24 SET (ANSA) - A Procuradoria de Rieti, no centro da Itália, anunciou que abriu uma investigação após o prefeito de Amatrice, Sandro Pirozzi, denunciar que a cidade não recebeu o dinheiro doado por SMS pelos italianos para reconstruir a comuna após o terremoto de 2016.
A matéria do jornal "Il Fatto Quotididano" neste domingo (24) afirma que Pirozzi fez a deúncia durante um evento político na noite de ontem (23). De acordo com o prefeito, as cidades devastadas em 2016 "jamais receberam" sua parte dos 33 milhões de euros doados para a região central da Itália.
Ele ainda falou sobre intervenções "estranhas às áreas atingidas", como a construção de uma "ciclovia em uma cidade de Marcas que não foi atingida pelo terremoto".
Após as revelações do líder de Amatrice, a mais devastada das cidades do terremoto do dia 24 de agosto, com mais de 240 mortes e o centro histórico completamente destruído, outras cidades afetadas pelo sismo de agosto fizeram as mesmas afirmações.
O prefeito de Accumoli, Stefano Petrucci, afirmou à ANSA que "eu disse em julho e vou repetir agora: a operação por SMS foi pouco transparente para mim. Decepcionou a população, mas da investigação eu não sei nada".
"Lembro que a ação começou no dia seguinte ao terremoto de 24 de agosto para a nossa comuna, para Amatrice e para Arquata del Tronto. E além de singular, porque aqueles fundos não chegaram às comunas mais atingidas, que são Amatrice e Accumoli", acrescentou à ANSA.
Na mesma linha, o prefeito de Arquata, Aleandro Petrucci, também confirmou a informação por telefone à ANSA.
"Em Arquata, com o dinheiro do SMS da solidariedade, que seriam 2,1 milhões de euros, nós poderíamos ter reconstruído a cidade.
Mas, até agora, não vimos um euro sequer desse montante", denunciou.
"Os italianos doaram pensando em ajudar os centros mais atingidos, que são Amatrice, Accumoli e Arquata. Vejo que nada foi feito e aquela generosidade no futuro pode não mais existir", alertou Petrucci à ANSA.
Em nota, o Departamento de Proteção Civil da Itália informou que "nenhum euro doado pelos italianos desapareceu". "De fato, os valores recolhidos, como estabelecido no Protocolo de Acordo com os operadores de telefonia e de comunicação, foram destinados em favor dos territórios atingidos pelo sisma", escreveram as autoridades.
O único a afirmar que recebeu o dinheiro do SMS foi o prefeito de Norcia, Nicola Alemanno. A cidade também foi devastada por um terremoto, só que em outubro do ano passado. "Os projetos financiados com o fundo do SMS solidário aqui estão sendo usados. Pelo que sei, não verifiquei nenhuma anomalia", disse à ANSA. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
A matéria do jornal "Il Fatto Quotididano" neste domingo (24) afirma que Pirozzi fez a deúncia durante um evento político na noite de ontem (23). De acordo com o prefeito, as cidades devastadas em 2016 "jamais receberam" sua parte dos 33 milhões de euros doados para a região central da Itália.
Ele ainda falou sobre intervenções "estranhas às áreas atingidas", como a construção de uma "ciclovia em uma cidade de Marcas que não foi atingida pelo terremoto".
Após as revelações do líder de Amatrice, a mais devastada das cidades do terremoto do dia 24 de agosto, com mais de 240 mortes e o centro histórico completamente destruído, outras cidades afetadas pelo sismo de agosto fizeram as mesmas afirmações.
O prefeito de Accumoli, Stefano Petrucci, afirmou à ANSA que "eu disse em julho e vou repetir agora: a operação por SMS foi pouco transparente para mim. Decepcionou a população, mas da investigação eu não sei nada".
"Lembro que a ação começou no dia seguinte ao terremoto de 24 de agosto para a nossa comuna, para Amatrice e para Arquata del Tronto. E além de singular, porque aqueles fundos não chegaram às comunas mais atingidas, que são Amatrice e Accumoli", acrescentou à ANSA.
Na mesma linha, o prefeito de Arquata, Aleandro Petrucci, também confirmou a informação por telefone à ANSA.
"Em Arquata, com o dinheiro do SMS da solidariedade, que seriam 2,1 milhões de euros, nós poderíamos ter reconstruído a cidade.
Mas, até agora, não vimos um euro sequer desse montante", denunciou.
"Os italianos doaram pensando em ajudar os centros mais atingidos, que são Amatrice, Accumoli e Arquata. Vejo que nada foi feito e aquela generosidade no futuro pode não mais existir", alertou Petrucci à ANSA.
Em nota, o Departamento de Proteção Civil da Itália informou que "nenhum euro doado pelos italianos desapareceu". "De fato, os valores recolhidos, como estabelecido no Protocolo de Acordo com os operadores de telefonia e de comunicação, foram destinados em favor dos territórios atingidos pelo sisma", escreveram as autoridades.
O único a afirmar que recebeu o dinheiro do SMS foi o prefeito de Norcia, Nicola Alemanno. A cidade também foi devastada por um terremoto, só que em outubro do ano passado. "Os projetos financiados com o fundo do SMS solidário aqui estão sendo usados. Pelo que sei, não verifiquei nenhuma anomalia", disse à ANSA. (ANSA)
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