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Presidente da Juventus é suspenso por ligação com 'ultras'

25/09/2017 17h52

ROMA, 25 SET (ANSA) - O presidente da Juventus, Andrea Agnelli, foi condenado nesta segunda-feira (25), por um tribunal da Federação Italiana de Futebol (Figc), a um ano de suspensão por relações "não permitidas" com torcidas organizadas. Já o clube bianconero terá de pagar uma multa de 300 mil euros.   


Em sua sentença, a corte da Figc diz que o cartola "ajudou e, de certa forma, endossou condutas ilícitas" por parte dos chamados "ultras", com o objetivo de "manter um bom relacionamento" com os torcedores. Isso incluía a cessão ilegal de bilhetes para partidas da Juve.   


Além de Agnelli, o tribunal também suspendeu por um ano o ex-diretor comercial da Velha Senhora Francesco Calvo e o responsável pelo setor de ingressos do clube, Stefano Merulla; já o diretor de segurança Alessandro Nicola D'Angelo pegou 15 meses de gancho. Todos os quatro também terão de pagar multas de 20 mil euros cada um.   


Por outro lado, a sentença absolveu Agnelli de ligação com a máfia 'ndrangheta, que teria se infiltrado nas organizadas da Juventus para participar do mercado de revenda de ingressos. O contato com os ultras era feito por Rocco Dominello, condenado em julho passado a sete anos e nove meses de cadeia por associação mafiosa.   


"Os contatos entre Andrea Agnelli e Rocco Dominello aconteceram de maneira esporádica e sem consciência [por parte do cartola] de seu suposto papel criminoso", disse o tribunal da Figc.   


Segundo a corte, Dominello se apresentara ao presidente da Juventus como um "respeitável torcedor".   


"A sentença excluiu qualquer hipótese de ligação com expoentes da criminalidade organizada", afirmou a Juve em declaração à ANSA. Ainda assim, o clube recorrerá da punição contra seus cartolas, assim como a procuradoria da Figc, que pede penas mais duras. (ANSA)
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