Plano da Lufthansa para Alitalia prevê corte de 30% na frota
SÃO PAULO, 27 OUT (ANSA) - O plano da Lufthansa, principal companhia aérea da Alemanha, para a aquisição da italiana Alitalia prevê uma redução de mais de 30% em sua frota e de 40% no número de funcionários do segmento de aviação civil.
A informação é do jornal "Corriere della Sera" e joga luz sobre os projetos da Lufthansa para a "nova Alitalia". A empresa alemã é uma das sete que apresentaram ofertas vinculantes pelo grupo italiano, mas já deixou claro que, caso vença a concorrência, pretende reestruturar a companhia.
O projeto, segundo o CEO Carsten Spohr, é repetir o processo realizado com a Swiss, salva da falência pela Lufthansa em 2005 e que hoje possui uma operação bem sucedida. O plano prevê que o hub da Alitalia continue sendo o Aeroporto de Fiumicino, em Roma, deixando Milão para a aérea de baixo custo Eurowings (ex-Germanwings).
Para isso, a frota da empresa italiana será reduzida de 123 para cerca de 80 aviões (25 de longo alcance e entre 50 e 55 de médio), com um corte de 40% no número de funcionários da aviação civil, que é o único setor que interessa à companhia alemã. As demissões serão o item mais delicado das negociações com os comissários nomeados pelo governo da Itália para conduzir o processo de venda. Atualmente, a aviação civil da companhia possui 8,4 mil empregados, mas a Lufthansa pretende reduzir essa quantidade para 5 mil. Para Roma, o ideal seria levar esse número para 7 mil. Além da Lufthansa, estão na briga pela Alitalia a britânica EasyJet e outras seis companhias. A empresa italiana foi colocada à venda após entrar em mais uma crise de liquidez, agravada pela recusa de seus funcionários em aceitarem um plano para demitir 1 mil pessoas.
O corte era uma exigência dos acionistas para aprovar um aumento de capital de 2 bilhões de euros. Com isso, a Alitalia se viu na perspectiva de ficar sem liquidez e pediu a intervenção do governo, que nomeou três comissários extraordinários para administrá-la e fez dois empréstimos-ponte, totalizando 600 milhões de euros, para permitir que a empresa continuasse operando.
Se não encontrar um comprador para a companhia aérea, a Itália terá dois caminhos: tentar sanar a Alitalia e mantê-la em sua configuração societária atual ou decretar sua falência.
Ex-companhia aérea de bandeira, a empresa foi privatizada e é controlada atualmente pela holding Compagnia Aerea Italiana (CAI), que detém 51% de seu capital, e pela Etihad Airways, dona dos 49% restantes. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
A informação é do jornal "Corriere della Sera" e joga luz sobre os projetos da Lufthansa para a "nova Alitalia". A empresa alemã é uma das sete que apresentaram ofertas vinculantes pelo grupo italiano, mas já deixou claro que, caso vença a concorrência, pretende reestruturar a companhia.
O projeto, segundo o CEO Carsten Spohr, é repetir o processo realizado com a Swiss, salva da falência pela Lufthansa em 2005 e que hoje possui uma operação bem sucedida. O plano prevê que o hub da Alitalia continue sendo o Aeroporto de Fiumicino, em Roma, deixando Milão para a aérea de baixo custo Eurowings (ex-Germanwings).
Para isso, a frota da empresa italiana será reduzida de 123 para cerca de 80 aviões (25 de longo alcance e entre 50 e 55 de médio), com um corte de 40% no número de funcionários da aviação civil, que é o único setor que interessa à companhia alemã. As demissões serão o item mais delicado das negociações com os comissários nomeados pelo governo da Itália para conduzir o processo de venda. Atualmente, a aviação civil da companhia possui 8,4 mil empregados, mas a Lufthansa pretende reduzir essa quantidade para 5 mil. Para Roma, o ideal seria levar esse número para 7 mil. Além da Lufthansa, estão na briga pela Alitalia a britânica EasyJet e outras seis companhias. A empresa italiana foi colocada à venda após entrar em mais uma crise de liquidez, agravada pela recusa de seus funcionários em aceitarem um plano para demitir 1 mil pessoas.
O corte era uma exigência dos acionistas para aprovar um aumento de capital de 2 bilhões de euros. Com isso, a Alitalia se viu na perspectiva de ficar sem liquidez e pediu a intervenção do governo, que nomeou três comissários extraordinários para administrá-la e fez dois empréstimos-ponte, totalizando 600 milhões de euros, para permitir que a empresa continuasse operando.
Se não encontrar um comprador para a companhia aérea, a Itália terá dois caminhos: tentar sanar a Alitalia e mantê-la em sua configuração societária atual ou decretar sua falência.
Ex-companhia aérea de bandeira, a empresa foi privatizada e é controlada atualmente pela holding Compagnia Aerea Italiana (CAI), que detém 51% de seu capital, e pela Etihad Airways, dona dos 49% restantes. (ANSA)
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