Chegada de deslocados externos à Itália cai 30% em 10 meses
ROMA, 31 OUT (ANSA) - A crise migratória que tornou o Mar Mediterrâneo um cemitério para milhares de pessoas nos últimos anos começa a dar sinais de arrefecimento.
Segundo dados divulgados nesta terça-feira (31) pelo Ministério do Interior da Itália, o número de migrantes forçados e refugiados que desembarcam nos portos do país caiu 30,13% entre 1º de janeiro e 30 de outubro de 2017, totalizando 111.397 pessoas.
No mesmo período do ano passado, quando a emergência humanitária no Mediterrâneo atingiu seu ápice, a cifra foi de 159.417.
Considerando apenas o mês de outubro, a queda foi ainda maior: 78%, passando de 27.384 para 5.984 indivíduos.
Os números confirmam uma inversão de tendência na crise migratória na Itália, já que, até o fim de junho, o país caminhava para um ano recorde no desembarque de deslocados externos em seus portos.
Um dos motivos para a redução é o projeto patrocinado por Roma para treinar e equipar a Guarda Costeira da Líbia, principal ponto de partida para as "viagens da morte" no Mediterrâneo. Contestado por agências humanitárias, o acordo entre Roma e Trípoli prevê a capacitação das autoridades do país africano para a realização de operações de busca e resgate no mar, fazendo com que as pessoas socorridas retornem para o território líbio - quando o salvamento é feito pela Guarda Costeira da Itália, os migrantes forçados precisam necessariamente ser levados para a nação europeia.
O pacto foi alvo de duras críticas de entidades humanitárias, que desconfiam da capacidade da Líbia, um país em constante agitação desde a queda de Muammar Kadafi, de acolher corretamente indivíduos resgatados no Mediterrâneo.
Além disso, o governo da Itália impôs um código de conduta para disciplinar a atividade de ONGs no mar, o que fez com que algumas delas, incluindo Médicos Sem Fronteiras, desistissem de realizar operações de busca e salvamento.
Entre outras coisas, o código impede navios humanitários de entrarem nas águas territoriais líbias e autoriza ações policiais em embarcações de entidades humanitárias. (ANSA)Veja mais notícias, fotos e vídeos em www.ansabrasil.com.br.
Segundo dados divulgados nesta terça-feira (31) pelo Ministério do Interior da Itália, o número de migrantes forçados e refugiados que desembarcam nos portos do país caiu 30,13% entre 1º de janeiro e 30 de outubro de 2017, totalizando 111.397 pessoas.
No mesmo período do ano passado, quando a emergência humanitária no Mediterrâneo atingiu seu ápice, a cifra foi de 159.417.
Considerando apenas o mês de outubro, a queda foi ainda maior: 78%, passando de 27.384 para 5.984 indivíduos.
Os números confirmam uma inversão de tendência na crise migratória na Itália, já que, até o fim de junho, o país caminhava para um ano recorde no desembarque de deslocados externos em seus portos.
Um dos motivos para a redução é o projeto patrocinado por Roma para treinar e equipar a Guarda Costeira da Líbia, principal ponto de partida para as "viagens da morte" no Mediterrâneo. Contestado por agências humanitárias, o acordo entre Roma e Trípoli prevê a capacitação das autoridades do país africano para a realização de operações de busca e resgate no mar, fazendo com que as pessoas socorridas retornem para o território líbio - quando o salvamento é feito pela Guarda Costeira da Itália, os migrantes forçados precisam necessariamente ser levados para a nação europeia.
O pacto foi alvo de duras críticas de entidades humanitárias, que desconfiam da capacidade da Líbia, um país em constante agitação desde a queda de Muammar Kadafi, de acolher corretamente indivíduos resgatados no Mediterrâneo.
Além disso, o governo da Itália impôs um código de conduta para disciplinar a atividade de ONGs no mar, o que fez com que algumas delas, incluindo Médicos Sem Fronteiras, desistissem de realizar operações de busca e salvamento.
Entre outras coisas, o código impede navios humanitários de entrarem nas águas territoriais líbias e autoriza ações policiais em embarcações de entidades humanitárias. (ANSA)
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